tag:blogger.com,1999:blog-63274337579175950232024-03-12T17:41:38.708-07:00Medicina UGFLeticia Venoso Costahttp://www.blogger.com/profile/11024639174223002851noreply@blogger.comBlogger14125tag:blogger.com,1999:blog-6327433757917595023.post-64358697387817102722011-06-06T18:55:00.000-07:002011-06-06T18:57:48.814-07:00HERNIAS INGUINAISRegião Inguinal – teto é formado pelo músculo oblíquo externo e estrutura músculo-aponeurótica o obliquo interno e transverso. O assoalho é formado pela fascia transversalis e pela aponeurose do músculo transverso. <br />O triângulo de hasselbach – supero-lateral=vasos epigástricos inferiores, medial=bainha do reto do abdome; inferior=ligamento inguinal.<br /><br />Classificação de Nyhus: <br />I-Inguinal indireta com anel inguinal normal<br />II- Inguinal Indireta, com anel inguinal dilatado e destruição da parede poesterior<br />IIIA-Hernia inguinal direta<br />IIIB- Hernia inguinal indireta com fascia transversalis destruída<br />IIIC- Hérnia Femural<br />IV-recidivada;<br /><br />A-Direta/B – Indireta/C-Femural/D-Mista<br /><br /> Na criança, trata-se da persistência do conduto peritônio-vaginal, que é uma projeção do peritônio que acompanha a descida do testículo ou do ligamento redondo, e normalmente está obliterado ao nascimento.<br />Hérnia Inguinal – abaulamento a região inguinal aos esforços e espessamento do cordão espermático. Ocorre a projeção de alças intestinais, apêndice cecal, bexiga, trompa e ovário.<br /><br />Hérnia inguino-escrotal – projeção do conteúdo abdominal até o escroto<br /><br />Hidrocele – aumento do V escrotal – apenas líquido peritoneal<br /><br />Cisto de cordão – Nuck – coleção líquida encistada no trajeto inguinal líquido peritoneal.<br /><br />A hérnia inguinal em crianças é considerada indireta – lateral ao triângulo, enquanto em adultos é direta – dentro do triângulo.<br />É mais comum em meninos. Ocorre em 1% dos RN e lactentes normais e 30% nos RN prematuros. Assintomáticos em 20% dos casos. Em meninos, 60% dos caso é direita; 25 a 30% esquerda, 10 a 15% bilateral, isso pq o testículo esquerdo desce primeiro que o direito. Em meninas, 60% é a direita, 30% a esquerda e 10% é bilateral. 11% dos casos apresenta história familiar e em 40% dos casos há bilateralidade nos prematuros.<br /><br />Os fatores predisponentes para o surgimento da hérnia inguinal – fraqueza da musculatura inguinal(desnutridos, prematuros, doenças do colágeno); aumento do volume abdominal e diâmetro aumentado da porção proximal do processo vaginal. Quando ocorre uma hérnia direta após a correção de uma hérnia indireta, pode ser que tenha ocorrido defeito da parede posterior não visualizado ou lesão do assoalho durante o procedimento cirúrgico.<br /><br />O diagnóstico é feito pela presença de aumento do volume em região inguinal, a qual acentua-se com os esforços. Elas costumam ser assintomáticas até que encarcerem. A presença de uma massa dolorosa, firme e móvel na região inguinal de uma menina, pode ser um ovário deslizado. O sinal de Gross significa que há espessamento de cordão. A USG e a TC podem ajudar no diagnóstico da hérnia inguinal.<br /><br />Os diferenciais, são: cisto de cordão, hidrocele e adenomegalia.<br /><br />O tratamento da hérnia inguinal é o procedimento cirúrgico tão logo ao diagnóstico; no caso de hidrocele e cisto de cordão – cirurgia após período inicial de observação, já que é comum a resolução espontânea. A encarcerada, realiza-se a redução incruenta e a resolução cirúrgica eletiva. A estrangulada, cirurgia de urgência.<br /><br />As causas mais comuns de recidiva, são: ruptura de um saco friável, não fechamento de todo saco herniário, não visualização de hérnia direta, lesão do assoalho, anel inguinal interno dilatado, inexperiência do cirurgião, doenças associadas que provocam aumento da pressão intra-abdominal, distúrbios neurológicos e doenças metabólicas. Durante o transoperatório de herniorrafia em meninas é interessante verificar a presença de trompa de falópio para descartar a possibilidade de intersexo. <br /><br />Quando intervir no contra-lateral? Pacientes com fatores predisponentes e meninas até 4 anos; meninos com hérnia inguinal direita até 1 ano; hérnia inguinal esquerda até 2 anos.<br /><br />As complicações incluem: hematoma, recidiva da hérnia, lesão iatrogênica, criptorquidia iatrogênica, hipotrofia testicular após hérnia encarcerada e ressecção de alça intestinal.Leticia Venoso Costahttp://www.blogger.com/profile/11024639174223002851noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6327433757917595023.post-74701740336222353252010-12-30T07:27:00.000-08:002010-12-30T07:37:17.989-08:00NEFROLITÍASE+ em homens 20-40 a brancos<br />5-10% da pop<br />50% terão 2 epísodio em < 10 a<br />Só faz quem pode: tem q ter FR<br /><br />FISIOPATOLOGIA<br /><br /><em><em><em><em><em>Nucleação e formação de cristais</em></em></em></em></em><br />• Inibem: água, citrato (forma sais solúveis com o Ca), pirofosfato, magnésio, glicosaminoglicanos, nefrocalcina, proteína de Tamm-Horsfall (moléculas q se ligam ao cristal recém formado)<br />• Nucleação heterogênea: fatores uroteliais<br /><br /><em>Crescimento e agregação<br /></em>• Inibem: água e proteínas<br />• Na papila renal<br /><br /><em>FR<br /></em>• Ph da urina altera o produto de solubilidade dos sais, ↑pH: ↑fosfato de Ca<br />• <1500ml> ↑ Ca, oxalato e Ac úrico urinários e ↓ citrato<br />• Na ~> ↑ Ca ur<br />• Infecções: estruvita<br />• Medicações: indinavir, vit A e D, didanosina (DDI, uricemia)<br />• Primários de bexiga: cças, VUP, desnutrição<br />• Urina 24h<br />Ca >300mg (4/k)<br />Ac úrico >800mg (750 em mulheres)<br />Oxalato >50mg<br />Citrato <320mg n =" CÁLCULOS">7mm com sintomas recorrentes ou refratários<br />LOCE (litotripsia com ondas de choque extra-corpórea)<br /><>1cm no pólo inferior<br />>2cm pelve e ureter proximal >1cm<br />Pacientes que não podem esperar outros métodos<br />Cirurgia (pielolitotomia, nefrolitotomia anatrófica, cistolitotomia, nefrectomia)<br />Falha dos demais, cálculos complexos, ureter >1cm, vesicais gigantes. Aberta ou VLC<br />• Coraliformes: NP + LOCE + NP<br />• Complicados (emergência): stent ureteral (cateter duplo J) ou nefrostomia percutânea (punção da pelve)<br /><br />DIAGNÓSTICO<br /><br />• RX sempre (90% são radiopacos, >2mm)<br />• Urina 1: hematúria em 90% e leuc, cristais de cistina (hexagonais) ou de estruvita (coffin lid) são dx e os de oxalato ou AC úrico são sugestivos<br />• US; TC helicoidal sem contraste: melhor, não vê cálculos por indinavir<br />• Urografia: analisa função tb<br />• Urina 24h: para saber os FR<br />Ca >300 Ac úrico >800<br />Citrato <320>50<br /><br />TTO CRÔNICO<br /><br />Hipercalciúria idopática<br />• HAD, calcemia normal<br />50% dos litiásicos e 5% da pop<br />Outras causas de hipercalciúria: HPT 1rio, imobilização prolongada, hipertireoidismo<br />• ↓Na e proteínas, tiazídicos (CI se hipercalcemia, MM),<br />• Não usar diuréticos de alça (↓Na reabsorvido na AH, mas ↑reb de Na no TCD com conseqüente ↓reab de Ca)<br />• Não diminuir a ingesta de Ca pois aumenta a absorção de oxalato livre<br /><br />Hiperoxalúria entérica<br />• Esteatorréia ~> quelação de Ca por AGL ~> absorção de oxalato livre<br />• Outras causas: 1ria (tipos 1 e 2) e adquirida (dieta, Ac ascórbico)<br />• Colecistiramina: liga-se ao oxalato e sais biliares<br />• Suplemento de Ca, suco de laranja (citrato)<br />• Não usar vit C (~> ácido oxalático)<br /><br />Hiperuricosúria<br />• Alcalinizar a urina (1 Citrato de K, 2 bicarbonato)<br />• Alopurinol se refratário ou >1g/d<br /><br />Cálculos de estruvita: ácido aceto-hidroxâmico (inibe urease, muitos EC) + ATB 3m+ cx<br /><br />Cálculos de cistina: alcalinizar urina e d-penicilamina (liga-se à cisteína – molécula formadora do aa cistina)<br /><br />Outras situações q devem ser tratadas: hipocitratúria (citrato de K), ATR tipo 1, hiperparatireoidismo 1rio<br /><br />Indicacao de cx em litíase renal – obstrução com hidronefrose por risco de perda de fc renal e calculos coraliformes.Leticia Venoso Costahttp://www.blogger.com/profile/11024639174223002851noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6327433757917595023.post-54525037097314884792010-07-22T19:01:00.000-07:002010-07-22T19:21:02.758-07:00Complicações Pós-operatórias<span style="color:#ff0000;">Febre </span><br />A elevação da temperatura a 0,5 a 1º C é normal da resposta metabólica ao trauma cirúrgico. A maioria das infecções respiratórias ocorrem no 5º dia do PO, febre nas primeiras 24 a 48 horas do PO é atelectasia até que se prove o contrário. No terceiro dia do PO a febre geralmente é secundária a tromboflebite e ITU.<br />Assim, paciente que permanece com febre nos primeiros 8 dias do PO, deve ser investigado para: infecção respiratória, ITU, TVP ou de ferida. Paciente com diarréia e uso de ATB deve ser investigado para colite pseudomembranosa.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Hipotermia</span><br />Geralmente causada por fatores externos. Ocorre a diminuição do DC e da FC, e em temperaturas muito baixas pode haver arritmias. Uma temperatura menor de 35ºC, há coagulopatia. Pode ocorrer hipotensão e insuficiência cardíaca. A capacidade do indivíduo lidar com as anormalidade acidobásicas e com a infecção encontra-se comprometida.<br />Complicações pulmonares – é a complicação pós-operatória mais comum. Ocorre principalmente em pacientes idosos, pneumopatas, submetidos a procedimento cirúrgico do abdome superior ou torácico.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Atelectasia</span><br />É a complicação mais comum, ocorrendo 24 a 48h do PO. É responsável por 90% dos episódios febris do PO. A atelectasia pode ser maciça, segmentar ou focal. A atelectasia maciça está associada a febre de 39ºC.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Aspiração</span><br />Quando é maciça provoca cerca de 50% de mortalidade. Quando há aspiração de conteúdo gástrico, com ph < 2,5, é comum haver pneumonite química, que aumenta o risco de infecção secundária – Sd de Mendelson. O tratamento é realizado com aspiração endotraqueal imediata + ATB – a hidrocortisona pode ser útil nos 3 primeiros dias.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Pneumonia</span><br />Mais comumente é resultado da evolução da atelectasia. A ATB deve ser orientada para Gram + e negatico.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">TEP</span><br />Geralmente ocorre do 7º ao 10º dia. No RX há o sinal clássico do triângulo invertido – representa área de condensação. A embolia gordurosa também pode ocorrer, principalmente em pacientes com fraturas de ossos longos – deve ser suspeitado em pacientes com petéqueas em tórax e dispnéia.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">SDRA</span><br />Evolui cerca de 24 horas após o trauma. O paciente encontra-se taquipnéico, com dispnéia progressiva bx pO2 e alta pCO2. O RX mostra infiltrado intersticial bilateral. Quando a pO2 é menor de 60mmHg, está indicada a IOT.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Derrame Pleural</span><br />Geralmente ocorre um pq derrame pleural em pacientes em PO de cx do abdome superior. Geralmente é reabsorvido.o aparecimento tardio deve alertar para a presença de abscesso intracavitário. Pode ocorrer na pancreatite aguda, secundário a irritação do diafragma pela cauda do pâncreas.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Ferida Operatória </span><br /><span style="color:#ff0000;">Hematoma</span> – o tratamento inicialmente é clínico, com analgésicos e crioterapia. A evacuação do hematoma está indicada caso haja infecção local. O hematoma de região cervical está indicada a evacuação cirúrgic.<br /><span style="color:#ff0000;">Seroma</span> – formam-se principalmente quando há a existência de espaço morto. Esta indicada a drenagem por punção ou abertura de pontos. Sua persistência predispõe a infecção.<br /><span style="color:#ff0000;">Infecção</span> – quando ocorre em menos de 48 horas, deve ser avaliado a presença de clostridium perfrigens (fasceíte necrotizante) e Estreptococcus beta hemolítico. A infecção da ferida operatória costuma ocorrer por volta do 7º PO.<br /><span style="color:#ff0000;">Deiscência – Evisceração – hérnias</span> – há fatores sistêmicos e locais que predispõe a tais complicações: DM, uremia, imunossupressão, sepse, hipoalbuminemia, câncer, obesos e pacientes fazendo uso de esteróides; técica de fechamento, aumento da pressão intraabdominal, cicatrização deficiente. Quando ocorre evisceração após 5º ao 10º PO, há a saída de líquido serossanguinolento após a abertura da pele. As alças evisceradas devem ser cobertas com compressas úmidas e a cirurgia de urgência deve ser realizada.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Complicações Urinárias </span><br /><span style="color:#ff0000;">Retenção Urinária – Infecção Urinária</span> – geralmente ocorre após o 5º PO.<br /><span style="color:#ff0000;">Insuficiência Renal Aguda</span>. As indicações para a hemodiálise, incluem: K>5,5mEq/L; uréia>80 a 90mg/dL; acidose persistente; sobrecarga aguda de líquidos; sintoma urêmicos e remoção de toxinas.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Complicações Digestivas </span><br /><span style="color:#ff0000;">Dilatação gástrica</span> – o tratamento é SNG e aspiração.<br /><span style="color:#ff0000;">Ileo adinâmico</span> – no quadro clinico ocorre distensão abdominal, parada de eliminação de gases e fezes, anorexia, náuseas e vômitos. No raio X há nível, contudo há a presença de ar no reto. A principal causa é a hipocalemia.<br /><span style="color:#ff0000;">Obstrução intestinal </span>– inicialmente o tratamento é clinico, e caso não se resolva em 48 a 72h, está indicado o procedimento cx.<br /><span style="color:#ff0000;">Pancreatite</span> – mais comum em pacientes submetidos a cx de VV biliares.<br /><span style="color:#ff0000;">Ùlcera de stress</span> – mais comuns em pacientes com insuficiência respiratória, infecção grave e hemorragia digestiva, também pode ocorrer em pacientes urêmicos. No caso de grandes queimados é chamada de úlcera de Curling – causada pela diminuição da produção de muco ocasionada pela vasoconstrição, no caso de politraumatizados, úlcera de Cushing – causada pelo aumento da acidez gástrica, causada pelo aumento dos hormônios de estresse.<br /><span style="color:#ff0000;">Colite pseudomembranosa</span> – trata-se de ulcerações difusas formadas no intestino grosso e delgado, com formação de pseudomembranas. Pode ser causada pelo uso de qq ATB. O tratamento é a suspensão do ATB e introdução de metronidazol ou vancomicina VO. O megacólon tóxico é a principal complicação.<br /><span style="color:#ff0000;">Fecaloma</span> – sinal de Gersuny – palpação de fezes na moldura cólica.<br /><span style="color:#ff0000;">Parotidite</span> – geralmente devido a desidratação, pela obstrução do ducto de Stenon, geralmente ocasionada pelo S aureus – o tratamento é realizado pela vancomicina.<br /><span style="color:#ff0000;">Abscesso Hepático</span> – atualmente a causa mais freqüente de abscesso hepático é a neoplasia. <span style="color:#ff0000;">Icterícia – hepatite - Colecistite</span> – geralmente alitiásica – costuma ocorrer mais em PO de cirurgias digestivas, o tratamento é cx.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Complicações Cirúrgicas</span><br />– edema agudo de pulmão<br />– arritmias cardíacas<br />– Infarto agudo do miocárdio.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Complicações Cerebrais</span><br />– AVC<br />– embolia cerebral<br />– psicose pós operatória<br />geralmente ocorre no 3º PO, antes deste dx deve ser descartado DHE ou sepse como causa. O tratamento é realizado com sedação com fenergan, haldol ou diazepam.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Complicações Metabólicas</span><br />– distúrbios de volume e hidroeletrolíticos.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Complicações Anestésicas</span><br />- doses máximas de anestésicos – a dose máxima de Lidocaína é 3-4mg/kg sem vasoconstritor e 7mg/kg com vasoconstritor.<br />Para homem de 70Kg – Lidocaína 0,5¨% - 98ml c/ vaso 42ml s/ vaso<br />Lidocaína 1% - 49ml 21ml<br />Lidocaína 2% - 24,5ml 10,5 ml<br />A dose máxima de bupivacaína é 2mg/kg<br />Quando injetado IV pode provocar arritmias.<br />A superdosagem provoca efeito de gosto metálico na boca, podendo ocorrer convulsões.<br />Na anestesia geral, uma complicação é a hipertermia maligna.<br />A incidência aumenta quando se utiliza a succinilcolina.<br />É uma síndrome hipercatabólica que se manifesta por taquicardia, cianose, sudorese, rigidez, anormalidade de pressão e aumento do CO2.<br />Somente 30% dos pacientes apresentam aumento de temperatura.<br />Trata-se de uma condição rara, autossômica, recessiva da musculatura esquelética.<br />O tratamento é a suspensão dos anestésicos, administrar O2, dantrolene, resfriar o paciente, tratar acidose e hipercalemia e tratar arritmias.<br />Raqui – é dada no espaço subaracnóideo, onde está o líquor.<br />Epidural – é onde está os vasos e nervos.<br />As vantagens da raqui em relação com a perindural: rápida e fácil, melhor relaxamento muscular, toxicidade menor – já que utiliza menos anestésico – 1 a 3 ml<br />As vantagens da perindural: pode utilizar cateteres para mais anestésico e efeito mais longo, pela maior quantidade de drogas.<br />A epidural pode perfurar a dura mater, já que é uma agulha grossa, com saída de liquor, podendo causar hipotensão, toxicidade anestésica e alergia.Leticia Venoso Costahttp://www.blogger.com/profile/11024639174223002851noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6327433757917595023.post-12975897171322366962010-07-07T10:48:00.000-07:002010-07-07T10:51:47.330-07:00Resposta Metabólica ao TraumaHá duas fases, a fase de choque e a fase de fluxo.<br /><br /><strong>- Fase de choque</strong> – tem a duração de 18 a 72 horas, o organismo prioriza a sobrevivência, há desaceleração do metabolismo. Ocorre o predomínio da fase anaeróbia, circulação inadequada, acidose e hiperlactinemia.<br /><br /><strong>- Fase de fluxo</strong> – há o aumento do consumo de oxigênio, de modo que o organismo mobiliza todas as fontes de energia, incluindo proteínas e lipídeos para sua recuperação completa. Nesta fase ocorre o aumento do catabolismo.<br /> <br /> Após 30 h de jejum terminam as reservas de glicose muscular, de modo que o organismo passa a utilizar lipídeos, e mais tarde proteínas.<br /><br /><strong><span style="color:#003300;">Alterações Endócrinas<br /></span></strong><br />ADH– está aumentada no 4º a 5º PO<br /><br />Aldosterona – no PO há aumento da renina, angiotensina e aldosterona – o principal responsável é a queda do volume extracelular funcionalmente ativo pela seqüestração hídrica devido ao edema traumático.<br /><br />Cortisol – aumenta 4 a 12 horas do PO – ele incorpora AA, estimula as enzimas hepáticas a degradar AA e influencia a síntese protéica – ajuda na cicatrização.<br /><br />Catecolaminas – 12 a 48h após o trauma cirúrgico. Aumentam a glicogenólise, gliconeogênese, hidrólise de lipídeos e liberação de AA muscular. Há vasoconstrição, aumento da FC e estimulação cardíaca.<br /><br />Insulina – está diminuída, tendendo a haver hiperglicemia no PO.<br /><br />Glucagon – está aumentado no PO. Degrada glicose, degrada lipídeos, bloqueia a formação de glicogênio, favorece a transformação de AA em glicose.<br /><br />GH, ACTH e TSH – aumentam<br /><br />O centro de gatilho é o hipotálamo, que a partir de um trauma cirúrgico acaba por liberar os hormônios.<br /><br /><strong><span style="color:#003300;"> As repercussões no trauma incluem:<br /></span></strong><br />Distúrbios hidroeletrolíticos – hipovolemia e hipernatremia; hipercalemia; inicialmente há hipercalcemia e depois hipocalcemia e hipermagnesemia; cloro, bicarbonato, proteínas e fosfato tendem a cair; alcalose respiratória inicial e acidose metabólica depois.<br /><br />Área metabólica – hiperglicemia, hiperlipidemia, elevação de AA, catabolismo protéico acentuado.Leticia Venoso Costahttp://www.blogger.com/profile/11024639174223002851noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6327433757917595023.post-14267257484152987682010-07-04T17:48:00.000-07:002010-07-04T17:50:47.217-07:00Pós-operatórioNa cirurgia abdominal, a dor deve chamar a atenção caso a mesma não tenha cessado após 48 horas do procedimento cirúrgico. Quando persiste a partir daí deve chamar a atenção para complicações. A principal causa é o íleo paralítico – distúrbios eletrolíticos (hipocalemia), desidratação, irritação peritoneal, fistulas ou deiscência de anastomose.<br /> <br />Podem ocorrer espasmos musculares que só cedem com altas dosers de narcóticos ou relaxante muscular, cessam em 48 horas.<br /><br /> As náuseas e vômitos costumam ocorrer após 18 horas da cirurgia, caso continuem a ocorrer após 24 horas, indica que há complicação.<br /><br /> A constipação intestinal pode ocorrer até 5 dias após o procedimento cirúrgico; é o chamado íleo adinâmico. O início da evacuação pode ocorrer 5 x ao dia, episódios de diarréia podem indicar comprometimento da circulação intestinal. Obstipação mais de 6 dias, pensar em obstrução intestinal. Diarréia no 7º PO e distensão abdominal, falam a favor de obstrução. A presença de fezes, flatos e RHA não significa boa evolução.<br /><br /><strong>Peritonite precoce</strong> – é mais comum em pacientes que já apresentavam peritonite no pré-operatório e nas cirurgias em que houve contaminação da cavidade. A distensão abdominal persistente e a presença de dispepsia é indicativo da possível presença de peritonite. Ela deve ser tratada com a descompressão gástrica. Há grande seqüestro de fluidos para o terceiro espaço, aparecem taquicardia, oligúria e hipotensão.<br /><br /> Quando o paciente vem evoluindo bem, e ocorreu a peritonite no 4º a 9º PO, indica que houve a formação de fístula. A dor é nova, fora da ferida, acompanhada de náuseas, vômitos e distensão abdominal. Os ruídos podem continuar presentes, há alteração hemodinâmica de fluido para o terceiro espaço e febre. O diagnóstico definitivo é dado pelo exame contrastado.<br /><br /> O abscesso aparece cerca de 10 a 14 dias do pós-operatório, podendo Tb aparecer meses após. O RX pode mostrar nível HÁ, sugestivo de abscesso.<br /><br /> A causa mais comum de dor abdominal no pós-operatório é o íleo adinâmico. Ocorre a distensão abdominal caso o paciente tenha sido alimentado muito cedo ou a SNG tenha sido retirada precocemente. Os sinais de obstrução intestinal associado a febre, indica a presença de abscesso.<br /><br /> A prescrição do PO – analgésicos de horário por 48 horas, após S/N, antieméticos por 24h, após, s/n; prevenção de TVP e gastrite de estresse. O consumo diário de líquidos nos pacientes é cerca de 30ml/kg. A necessidade de Na é de 1 a 2 meq/kg a de K, ½ a 1 meq/kg.<br /><br /> O SF é grande fonte de Na e Cl, de forma a provocar hipernatremia, hipercloremia e<br />acidose (para excretar o cloreto, retém H); ele está indicado nos casos de hiponatremia, hipocloremia e alcalose. O mais utilizado é o Ringer Lactato. Após 1 h da administração, apenas 25% permanece no intravascular. No caso do SG5% apenas 10% permanece no intravascular – é usado para a reposição das perdas insensíveis e aporte calórico.<br /><br /> Os colóides estão indicados quando o aporte hídrico não pode ser mantido apenas com os cristalóides.<br /><br /> A regra básica para a reposição hídrica, é: 100x10 + 50x10 + 20xdemais quilos.; 1 a 2 mEq de Na e 0,1 a 1 Meq de K (só a partir do 2º PO).<br /><br /> A analgesia deve ser mantida de horário nos dois primeiros dias do pós-operatório; principalmente em cirurgias torácicas e de abdome superior para evitar a atelectasia. Deve ser evitado opióide em cirurgias intra-abdominais devido a indução de íleo paralítico.<br /><br /> O uso de antieméticos de horário devem ser evitados após o 2º PO para não mascarar o íleo paralítico.<br /><br /> A profilaxia para a TVP é utilizada para pacientes com fatores de risco – trauma, imobilização prolongada, idade, obesidade, ACO, câncer e dç cardiovascular. O local mais comum da formação de trombos é na panturrilha, sendo que o TEP ocorre em torno do 7º PO.<br /><br /> No pós-operatório, os movimentos pulmonares na caixa torácica estão diminuídos, o que predispõe a pneumonia. Deve ser realizado a analgesia adequada e fisioterapia respiratória.<br /><br /> A peristalse do ID inicia-se 6 a 24h, do estômago, 24 a 48h e do cólon, 48 a 72 horas. É bom aguardar a eliminação de flatos antes do reinício da dieta. Não há necessidade da progressão lenta. Há aumento das necessidades calóricas de acordo com o procedimento cirúrgico – eletiva – 10%; trauma – 10 a 30%; sepse – 50 a 80%; queimados 100 a 200%. Há a necessidade de 30 a 35 cal/kg e 0,8 a 2g/kg de proteínas. A nutrição enteral está indicada quando o paciente não consegue comer por boca ou não consegue atingir ¾ das calorias necessárias.<br /><br /> Os pacientes com fístulas ou com má nutrição severa (perda maior de 30% do peso usual) – NPP. A NPP acaba por trocar a fonte de energia da gordura para a glicose, acaba interferindo com o metabolismo e resultando em hipofosfatemia – isso acaba por diminuir o DC, PA e piora a ICC.<br /><br /> A SNG deve ser usada somente com necessidade, elas predispõe a presença de atelectasia e pneumonia aspirativa. Devem ser retiradas quando o débito for menor de 400 ml e houver ruídos. Quando há esofagectomia e gastrectomia – manter 72 horas.Leticia Venoso Costahttp://www.blogger.com/profile/11024639174223002851noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6327433757917595023.post-49003369693729096622010-07-03T18:49:00.000-07:002010-07-03T18:53:27.047-07:00Pré-operatórioRecomendações de exames:<br /><br />ECG – recomendado para homem maior de 40 anos ou mulher maior de 50 anos, procedimentos cardiovasculares ou pessoas com dç cardiovascular, HAS ou DM.<br /><br />RX de Tórax – pacientes com mais de 60 anos, procedimento torácico, fumante, dç respiratória ou CV<br /><br />HMG – procedimento que se espera perda sanguínea maior de 500ml. Paciente com doenças malignas, cv, anticoagulação, diabético, renal crônico, uso de aspirina.<br /><br />Creatinina – maior de 50 anos, procedimento com risco de insuficiência renal, paciente com problemas CV ou dç renal.<br /><br />Glicose – mais de 45 anos, paciente diabético ou que usa esteróides<br /><br />Urina I – paciente que irá ser sondado, risco de infecção, implante ortopédico ou troca de válvula. Pedido para pacientes que usam drogas de excreção renal e diabética<br /><br />Gravidez – para pacientes que não sabem dar a informação<br /><br />Coagulograma – risco de sangramento devido a anticoagulação.<br /><br /><strong><span style="color:#ff0000;">Avaliação pré-operatória por sistemas:<br /></span></strong><br /><span style="color:#ff0000;">Cardiovascular</span> – é a principal causa de mortalidade no período perioperatório. A principal etiologia é a coronariana.<br /><br />A classificação de ASA é anestésica e leva em consideração apenas o exame clínico:<br />ASA I – saudável<br />ASAII – doença sistêmica sem limitação funcional<br />ASAIII – doença sistêmica com limitação funcional não incapacitante<br />ASAIV – doença incapacitante com risco de vida<br />ASAV – paciente moribundo.<br /><br />Geralmente usa-se a classificação de Goldman.<br />Idade maior de 70 anos – 5<br />IAM em menos de 6 meses – 10<br />Distensão de jugulares – 11<br />B3 – 11<br />Estenose Aórtica – 3<br />Ritmo não sinusal – 7<br />Mais de 5 ESV – 7<br />Má condição geral – 3<br />Procedimento abdominal ou torácico – 3<br />Cirurgia de emergência – 4<br />I- 0 a 5 – 0,9%<br />II- 6 a 12 – 7,1%<br />III- 13 a 25 – 16%<br />IV- 26 – 64%<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Sistema Respiratório<br /></span> Requerem avaliação aqueles pacientes que serão submetidos a cirurgia torácica ou a procedimentos do abdome superior. Também merecem atenção pacientes portadores de neoplasia, tabagista, DPOC, pacientes que possuem VEF1 30% do previsto. Medidas protetoras incluem: uso de broncodilatador, anlgesia pós operatória, fisioterapia respiratória, inalação, antibioticoterapia.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Sistema Renal<br /></span> Pacientes com insuficiência renal possuem maior risco cardiovascular pelo excesso de líquido retido. Além disso, possuem maior risco de sangramento, distúrbios hidroeletrolíticos e de coagulação. A hemodiálise é considerada nos casos de hipercalemia e excesso de fluido no manejo difícil. Evitar uso de medicação nefrotóxica e excesso volêmico.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Sistema Hepatobiliar<br /></span> Recomendado quando há quadro clínico de hepatopatia<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Sistema Endócrino<br /></span> Paciente diabético - Sempre avaliar HMG, ECG, Urina I. Os riscos de pacientes diabéticos, incluem o déficit de cicatrização e risco de infecção. As medicações anti-hipoglicemiantes devem ser suspensa 2 a 3 dias antes para evitar a hipoglicemia. O ideal é suspender o uso de insulina de longa duração e substituir por insulina regular. Os pacientes usuários de NPH devem receber metade da dose habitual no período da manhã no dia da cirurgia, e soro glicosado a 5% a partir de então. Se houver hiperglicemia, a mesma deve ser tratada com insulina regular. O esquema habitual é retomado no primeiro pós-operatório.<br /> Tireoidopatia – o hipertireoidismo deve ser controlado por drogas, mantido eutiroideo, betabloqueio, distúrbios hidroeletrolíticos e ECG. Quando há descompensação, deve ser mantido corticóide e alfabloqueio. Os hipotireoideos devem ter reposição hormonal. Cuidado com estes pacientes que tem hipersensibilidade a anestésicos.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Hematologia<br /></span> Em idosos e cardiopatas é bom manter uma hemoglobina em torno de 10. Em pessoas saudáveis, em torno de 8. A transfusão de plasma está indicada para a correção de coagulopatia, não para a expansão volêmica. A transfusão de plaquetas está indicada para aqueles pacientes com plaquetas menor de 10000, ou naqueles com plaquetas menor de 50000 com sangramento ativo microvascular. Os anticoagulantes devem ser retirados 2 dias antes, substituídos por heparina, e esta deve ser suspensa 6 horas antes da cirurgia e reintroduzida 12 horas após. Nas cirurgias de urgência, deve ser administrado plasma fresco congelado na dose de 10 a 20ml/kg.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Avaliação Nutricional<br /></span> Os doentes de risco são aqueles que apresentam perda ponderal maior de 5% nos últimos 30 dias, ou maior de 10% nos últimos 6 meses. O pior prognóstico ocorre naqueles pacientes com albumina sérica menor de 3,5; linfócitos < 1500/mm3 e transferrina menor do que 150mg%. A perda de peso maior de 20% implica em maior mortalidade, e maior de 30%, maior infecção pós operatória. A preferência para a reposição nutricional é VO ou enteral, sendo indicada a dieta parenteral para aqueles pacientes que não podem usar o TGI.<br /> O jejum é de 8 horas. Para aqueles pacientes obesos, hérnia de hiato, grávidas, grandes tumores abdominais, é recomendado jejum de 12 horas, além de medicações que auxiliam no esvaziamento gástrico.<br /><br />& O AAS deve ser suspenso 7 a 10 dias antes do procedimento cirúrgico. A ticlopidina deve ser suspensa 2 semanas antes. Os AINES devem ser suspensos 24 a 48 horas antes – alteram a função plaquetária. Pacientes submetidos a radioterapia devem aguardar 4 semanas para serem operados, devido ao aumento de complicações da ferida cirúrgica.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Antibióticos<br /></span> Devem ser realizados 30 a 90 minutos antes do procedimento cirúrgico, sendo mantidas 24 horas após na minoria dos casos. Previnem apenas a infecção do sítio cirúrgico.<br />Nas cirurgias limpas é usada a cefalosporina de primeira geração. Nas potencialmente contaminadas, em que há risco de abrir o TGI ou respiratório, está indicado o uso de cefalosporina de primeira geração ou cefuroxime. Nas cirurgias de neurocirurgia ou de cabeça e pescoço, indica-se o clavulin. Quando há risco de abrir o trato GU – cipro. Quando há infecção do TGI – gentamicina + clinda ou metronidazol; clavulin; ampicilina + sulbactan; cefoxitina.<br /><br />& No doente ictérico há maior risco de translocação bacteriana, insuficiência renal, sepse e lesão de múltiplos órgãos. O doente deve ser hidratado, nutrido, deve ser realizado a descompressão das vias biliares, administrado vitamina K e ATB.<br />No doente co estenose pilórica deve ser avaliado o suporte nutricional, passado SNG para aspiração do conteúdo gástrico, nutrição enteral e ATB.<br />O paciente diabético deve ter sua glicemia de jejum mantida < de 120 e pós prandial < de 180. A insulina no dia anterior da cirurgia deve ser de ½ a 1/3 da dose.<br />Os pacientes com cx de cólon – 5 a 7 dias de dieta sem resíduos, dieta lóquida na véspera, dieta zero 12 horas antes, manitol 1 a 2 dias antes, lavagem intestinal por clister glicerinado, hidratação vigorosa e ATB.Leticia Venoso Costahttp://www.blogger.com/profile/11024639174223002851noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6327433757917595023.post-69784457996076715132010-07-03T18:08:00.003-07:002010-07-03T19:38:17.238-07:00Células do SagueO sangue é formado pelos glóbulos sanguíneos e pelo plasma (parte liquida).<br /><br />Os glóbulos sanguíneos são os eritrócitos (hemácias), as plaquetas (fragmento do citoplasma ou de megacariócitos da medula óssea) e leucócitos (glóbulos brancos). Para saber a composição do sangue realiza-se um exame denominado hematócrito, no qual o sangue é tratado com substancias anticoagulantes e depois é centrifugado, assim ele se separa em diversas camadas: o plasma corresponde ao sobrenadante translúcido e amarelado; os glóbulos se sedimentam em duas camadas: a inferior composta pelas hemácias e a camada imediatamente superior de cor acinzentada, que contem os leucócitos; sobre os leucócitos repousa uma delgada camada de plaquetas (não visíveis a olho nu). O hematócrito permite também estimar o volume sangúineo ocupado por cada componente do mesmo, e se varia entre homem e mulher, adulto e criança .<br /><br />A principal função do sangue é transportar.<br /><br />Leucócitos (células de defesa), que são as primeiras barreiras contra uma infecção, atravessam por diapedese (saída ativa de leucócitos do sistema circulatório) a parede de vênulas e capilares, e vão para as áreas atacadas. Oxigênio, ligado a hemoglobina dos eritrócitos, e gás carbônico, ligado a hemoglobina ou dissolvido no plasma (que também transporta nutrientes metabólicos dos locais de absorção ou síntese). As escórias do metabolismo, removidas do sangue pelos órgão de excreção . Distribuição de hormônio, o que possibilita a troca de mensagens químicas entre órgãos distantes. Além de ser um importante regulador na distribuição de calor, no equilíbrio ácido-básico e no equilíbrio osmótico dos tecidos.<br /><br />Composição do plasma:<br />Solução aquosa, com componentes de variado peso molecular (em equilíbrio com o líquido intersticial, portanto, a composição do plasma é um indicador da composição do líquido extracelular), proteínas plasmáticas (que participam da coagulação sanguínea, controla a pressão osmótica do sangue-albumina-, anticorpos-gamaglobulinas-), sais inorgânicos e compostos orgânicos diversos (vitaminas, hormônios e glicose).<br /><br />Eritrócitos (hemácias):<br />Anucleados, com grande quantidade de hemoglobina (proteína transportadora de oxigênio), com forma de disco bicôncavo (para proporcionar uma maior área, com relação ao seu volume), possuem grande flexibilidade (sofrem deformações temporárias, para passar por certos capilares, mas não se rompem).<br /><br />Aplicação médica: Anemias: podem ser caracterizadas: pela baixa concentração de hemoglobina no sangue, causada pela diminuição do número de eritrócitos (hemorragia, má produção na medula ou destruição acelerada dos eritrócitos), ou pelo fato de eles conterem pouca hemoglobina (deficiência de ferro na alimentação), sendo mal corados (anemia hipocrômica). Já o aumento do número de eritrócitos (eritrócitos ou policitemia), pode ser ocasionada por uma adaptação fisiológica (quando o individuo viaja para locais de grande altitude, em que a pressão parcial de oxigênio é menor) ou patológica (cuja conseqüências são: aumento da viscosidade do sangue, o que dificulta a circulação nos capilares.<br /><br />Os eritrócitos quando colocados num meio hipotônico, sofrem tumefação, isto é, suas hemácias se tornam esféricas e a hemoglobina se dissolve no meio (hemólise), é um processo utilizado quando se deseja estudar a membrana celular. Já, quando suspensos numa solução hipertônica se encolhem irregularmente (hemácia crenadas).<br /><br />As hemácias obtém sua energia através da via anaeróbica, por fermentação láctica (90%) e via das pentoses (10%).<br /><br />Os eritrócitos possuem grande quantidade de hemoglobina, molécula formada por quatro subunidades, cada uma com um grupo de heme (derivado do ferro 2+) ligado a um polipeptídeo .<br /><br />Devido a variações na cadeia polipeptídica existem vários tipos de hemoglobina (A1, A2 e F). Hemoglobina A1 (Hb A1) e a hemoglobina A2 (Hb A2) são hemoglobinas presentes num adulto normal. Enquanto que a hemoglobina fetal (hemoglobina F ou Hb F), está presente em embriões e é muito mais ávida por oxigênio (já que o embrião só obtém oxigênio pela placenta). Nos pulmões, onde a pressão parcial do oxigênio é alta, cada molécula de Hb se combina com quatro de oxigênio, formando a use-hemoglobina, que é reversível, pois quando se chega aos tecidos, onde a pressão parcial de oxigênio é baixa, o oxigênio dessas moléculas se transfere as célula, e a Hb pode se ligar ao gás carbônico, formando a carbamino-hemoglobina, que também é reversível, porém a maior parte de gás carbônico é transportada dissolvida no plasma .<br /><br />Aplicações médicas: modificações na estrutura das hemácias, resultam num mal funcionamento das mesmas, ocasionando doenças, como a anemia falciforme. Que quando desoxigenada, sua hemoglobina (Hb S) se polimeriza e forma agregados que dão aos eritrócitos uma forma comparável a uma meia lua, esse eritrócito é frágil, sem flexibilidade, com uma vida curta . Assim, o sangue se torna viscoso e prejudica o fluxo sanguíneo, o que leva a uma deficiência no transporte de oxigênio (hipóxia ), lesões na parede capilar e coagulação sanguínea . O monóxido de carbono também pode se associa a Hb, formando um complexo muito mais estável, impedindo o transporte de oxigênio . Agentes oxidantes, podem transformar o ferro 2+ em ferro 3+, dando origem a meta-hemoglobina, composto sem afinidade com o oxigênio, pode ser convertida a Hb, por um sistema enzimático do eritrócito a NADH meta-hemoglobina redutase. Esferocitose hereditária, doenças das hemácias que a tornam esféricas e muito vulneráveis a ação dos macrófagos, é um problema nas proteínas do citoesqueleto dos eritrócitos, que impede a manutenção da forma bicôncava, a remoção cirúrgica do baço melhora essa esferocitose, já que o baço contém grande quantidade de macrófago e é o principal local em que as hemácias são destruídas.<br /><br />As hemácias são produzidas e maturadas na medula óssea, no seu processo de maturação perdem o núcleo e diversas outras organelas. Duram 120, e são destruídas por macrófagos.<br /><br />Leucócitos:<br />São incolores, com forma esférica e participam das defesas celulares e imunocelulares do organismo, deixam os capilares por diapedese e penetram no tecido conjuntivo . Quando os tecidos são invadidos por microorganismos os leucócitos são atraídos por quimiotaxia, isto é, substancia originadas dos tecidos, dos plasmas sanguíneos e dos microorganismos provocam nos leucócitos uma resposta migratória, dirigindo essas células para os locais de maior concentração de agentes quimiossintáticos. O aumento do número de linfócitos chama-se leucocitose, enquanto que a diminuição leucopenia .<br /><br />Podem ser de dois grupos: granulócitos (polimorfonucleares) ou agranulócitos.<br /><br />Os granulócitos, tem núcleo de forma irregular, com grânulos específicos envolto por membranas. De acordo com seus grânulos podem se diferenciar em três tipos: neutrófilos, eusinófilos e basófilos. Com vida muito curta e restos celulares removidos pelos macrófagos (morrem por apoptose).<br /><br />Os agranulócitos possuem núcleo mais regular, e seu citoplasma não tem granulações específicas, apenas pode apresentar grânulos azuróficos. Há dois tipos: linfócitos e monócitos.<br />Neutrófilos (polimorfonucleares):<br />Possuem o núcleo formado por lobos, ligados entre si por finas pontes de cromatina . A célula muito jovem tem núcleo não segmentado e em forma de bastonete (neutrófilo bastonete). Já os núcleos muito segmentados são denominados hipersegmentados e são característicos de células velhas.<br /><br />Aplicação médica: no sangue normal há pequena quantidade de bastonete, sua elevação resulta de infecções bacterianas.<br />Nos núcleos dos neutrófilos de mulheres aparece um pequeno apêndice, que contém a cromatina sexual X, inativa . O citoplasma dos neutrófilos possui dois tipos de granulações: os grânulos específicos (finos) e os grânulos azurófilos (lisossomos).<br />Aplicação médica: os neutrófilos participam da defesa celular, quando presentes no sangue circulante possuem formato esférico e não são capazes de fagocitar, enquanto que ao encontrar um substrato sólido no qual podem emitir pseudópodos, adquirem formas amebócitos ou fagocitárias. Como ocorre: a bactéria é rodeada por pseudópodos que se fundem ao seu redor, assim ela passa a ocupar um vacúolo .Grânulos específicos e azurófilos, situados nas proximidades fundem suas membranas com as dos fagossomos e esvaziam seu conteúdo no interior do mesmo, ao mesmo tempo bombas de prótons localizadas nas membranas do fagossomo acidificam o interior desse vacúolo, para torná-lo um ambiente propício a atuação das enzimas. Durante a fagocitose há um aumento brusco no consumo de oxigênio, devido a produção do peróxido de hidrogênio e ao ânion super óxido, ambos oxidantes energéticos, e provavelmente os principais responsáveis pela morte das bactérias fagocitadas. Componentes dos grânulos específicos atacam as peptideoglicanas das paredes de bactérias Gram-positivas e prejudica o metabolismo da mesma . Morto o microorganismo, as enzimas lisossômicas promovem sua hidrólise em moléculas pequenas que se difundem para fora do fagossomo . Quando as bactérias não morrem, ou os neutrófilos morrem aparece um líquido viscoso, amarelado, contendo todo esse matéria, o pus.<br /><br />Eusinófilos:<br />Menos numeroso, com núcleo geralmente bilobulado, apresenta grânulos ovóides maiores que a dos neutrófilos.<br /><br />Aplicação médica: fagócito e digerem complexos de antígenos com anticorpos que aparecem em caso de alergia . São atraídos para as áreas de inflamação alérgica pelas histaminas (produzidas por basófilos e mastócitos). Os eusinófilos produzem moléculas que inativa o leucotrieno e a histamina, controlando a inflamação . Participam da defesa contra os parasitas Shistossoma Mancini e Trypanosoma cruzi. Tanto no caso de parasitos como no de alergia há um aumento no número de eosinófilos (eosinofilia). Não são células especializadas para a fagocitose de microorganismos, sua atividade defensiva consiste na liberação de seu grânulos, e pela fagocitose do complexo antígeno-anticorpo . Corticosteróide (hormônios da camada cortical da adrenal) induzem a uma queda imediata da concentração dos eosinófilos, e retardam a passagem deles da medula óssea (local de sua produção).<br /><br />Basófilos:<br />Núcleo volumoso, forma retorcida e irregular, citoplasma carregado de grânulos maiores que os dos outros granulócitos, contém muitos filamentos ou partículas alongadas. Contém histamina, fatores quimiotáticos para eosinófilos e neutrófilos, e heparina (responsável pela metacromasia do grânulo). Sua membrana, assim como a dos mastócitos também possui receptores para a imunoglobulina E (Ig E).<br /><br />Linfócitos:<br />Células esféricas, podem ser: pequenos ou grandes.<br />Linfócitos pequenos: mais abundante, com núcleo esférico, cromatina se dispõe em grumos grosseiros, o núcleo aparece escuro, o citoplasma é pequeno e escasso, é pobre em organelas, divididos em dois tipos B e T. Ao contrário dos outros leucócitos, os linfócitos possuem a capacidade de retornarem ao sangue.<br /><br />Monócitos:<br />Células com núcleo ovóide, cromatina frouxa com arranjo mais delgado que a dos linfócitos, com dois ou três nucléolos. Citoplasma com grânulos azurófilos (lisossomos), muito finos, e podem preencher todo o citoplasma . Sua superfície apresenta muitas microvilosidades e vesículas de pinocitose.<br />São originados na medula óssea, onde sofrem um processo de maturação, daí passa para o sangue, onde permanecem alguns dias, depois migram para os tecidos, onde se transformam em macrófagos.<br /><br />Plaquetas:<br />Corpúsculos anucleados, com forma de disco, derivados de células gigantes da medula óssea os megacariócitos. Realizam a coagulação sanguínea e auxiliam a reparação das paredes dos vasos sanguíneos, evitando a perda de sangue. Possuem um sistema de invaginações (sistema canalícular aberto), em que a parte interna se comunica facilmente com a membrana, disposição importante para a liberação das moléculas ativas armazenadas nas plaquetas.<br />São constituídas pelo hialômetro (parte azul-clara) que possui microfilamentos de actina e miosina responsáveis pela contração pela contração das plaquetas, e sua parte externa da membrana é rica em glicoproteínas e glicosaminoglicanas, responsáveis pela adesividade das plaquetas e que podem absorver compostos diversos. E o cromômero, com grânulos densos ou delta, que armazenam ATP, ADP e serotonina, há também os grânulos alfa com fibrinogênio e fator de crescimento plaquetário, que estimula as mitoses do músculo liso dos vasos sanguíneos e a cicatrização de feridas e o grânulos lambdas, que são os lisossomos.<br /><br />Aplicação médica: Hemostasia, processo que impede a perda de sangue (hemorragia), promove a coagulação do sangue. A participação das plaquetas na coagulação do sangue pode ser assim descrita:<br /><br />Agregação primária: descontinuidades do endotélio produzidas por lesão vascular são seguidas pela absorção de proteínas do plasma sobre o colágeno que restou, as plaquetas também aderem a esse colágeno, formando um tampão plaquetário .<br /><br />Agregação secundária: As plaquetas do tampão liberam ADP, que é indutor a agregação plaquetária, aumentando o tampão .<br /><br />Coagulação do sangue: ocorre pela interação seqüencial de diversas proteínas plasmáticas, originando um polímero, a fibrina, e formando uma rede fibrosa tridimensional, que aprisiona leucócitos e plaquetas, forma-se um coágulo sanguíneo mais resistente.<br /><br />Retração do coágulo: inicialmente faz uma grande saliência para o interior do vaso, mas depois pela ação da miosina, actina, ATP e plaquetas, ele se contrai.<br /><br />Remoção do coágulo: protegido pelo coágulo a parede do vaso se renova e o coágulo é removido pela ação da enzima plasmina, formada pela ativação da proenzima plasmática plasminogênio, pelos ativadores produzidos no endotélio .Enzimas liberadas pelos lisossomos das plaquetas também auxiliam na remoção do coágulo .Leticia Venoso Costahttp://www.blogger.com/profile/11024639174223002851noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6327433757917595023.post-16342688365371672852010-07-03T18:08:00.001-07:002010-07-03T18:45:15.361-07:00Tecido ÓsseoConstituinte principal do esqueleto, funciona como suporte para as partes moles, e protege órgãos vitais (como os contidos na caixa craniana e torácica e no canal raquidiano), aloja e protege a medula óssea (formadora de células do sangue), proporciona apoio aos músculos esqueléticos, constitui um sistema de alavancas (amplia as forças geradas na contração muscular), funciona como depósito de cálcio e outros íons (controlando sua armazenagem e liberação).<br /><br />É um tipo especializado de tecido conjuntivo, formado por células e material extracelular calcificado (matriz óssea), as células são: osteócitos (situados em cavidades ou lacunas no interior da matriz), osteoblastos (produtores da parte orgânica da matriz) e os osteoclastos (células gigantes, móveis e multinucleadas, que reabsorvem o tecido ósseo, participando dos processos de redemodelação dos ossos).<br /><br />Não existe difusão de substancias através da matriz calcificada do osso, logo a nutrição dos osteócitos depende de canalículos que existem na matriz.<br /><br />Todos os ossos são recobertos por tecido conjuntivo com células osteogenicas, o endósteo (nas superfícies internas) e o periósteo (na superfície externa)<br /><br />Células do tecido ósseo:<br /><br />· Osteócito:<br />Células encontradas no interior da matriz óssea, ocupam lacunas (existentes no sistema de havers), das quais partem canalículos, cada lacuna contém apenas um osteócito, dentro dos canalículos os prolongamentos dessas células estabelecem contato através de junções comunicantes, onde passam pequenas moléculas e íons de um osteócito para outro, a matriz extracelular (em pequena quantidade), e a matriz óssea constituem uma via de transporte de nutrientes e metebólitos entre os vasos sanguíneos e os osteócitos.<br />Características: células achatadas, com pequena quantidade de RER e pequeno aparelho de Golgi, e núcleo com cromatina condensada .Essas características indicam pequena atividade sintética, porém os osteócitos são essenciais para a manutenção da matriz óssea .<br /><br />· Osteoblastos<br />Células que sintetizam a parte orgânica da matriz óssea (a matriz óssea não mineralizada é denominada osteóide), capazes de concentrar fosfato de cálcio, logo são essenciais no processo de mineralização da matriz, sua disposição nas superfícies ósseas lembra a de um epitélio simples.<br />Quando em intensa atividade sintética são cubóides e mostram características ultra-estruturais de células produtoras de proteínas, porém em estado pouco ativo são achatados.<br />Uma vez aprisionado pela matriz óssea recém-sintetizada, passam a ser chamados osteócitos, e a matriz se deposita ao redor do corpo das células e de seus prolongamentos, formandos assim as lacunas e os canalículos.<br /><br />Aplicação médica: a Tetraciclina (um antibiótico fluorescente), possui afinidade sobre a matriz óssea recém-formada, logo é importante para avaliação da velocidade de formação óssea, seu uso é utilizado no estudo do crescimento ósseo e no diagnóstico de algumas doenças ósseas, entre as quais: osteomalia, onde a mineralização fica prejudicada, e a osteíte fibrosa cística, quando ocorre um aumento na atividade dos osteoclastos, resultando em remoção da matriz óssea .<br /><br />· Osteoclastos:<br />Características morfológicas: células grandes, móveis, com muitos núcleos, ramificadas (ramificações irregulares), citoplasma granuloso, alguns apresentam vacúolos, fracamente bazófios quando jovens e acidófilos quando maduro .<br />Origem: se originam de precursores mononucleados provenientes da medula óssea que quando em contato com o tecido ósseo, unem-se para formar os osteoclastos multinucleados.<br />Localização: freqüentemente são encontrados nas áreas de reabsorção de tecido ósseo, situados em depressões da matriz, realizadas por eles próprios, e conhecida como lacunas de howship.<br />Sua superfície ativa é voltada para a matriz óssea, e apresenta prolongamentos circundados por uma zona citoplasmática denominada zona clara, que contém muitos filamentos de actina e é responsável para a adesão do osteoclasto com a matriz óssea, alem de criar um microambiente fechado, onde ocorre a reabsorção óssea, essa reabsorção ocorre da seguinte maneira: os osteoclastos, secretam para esse microambiente, ácido (facilita a dissolução dos minerais e fornece o pH ideal para a atuação das hidrolases), colagenases e outras hidrolases (presente nos lisossomos), que atuam localmente digerindo a matriz orgânica e dissolvendo os cristais de sais de cálcio, a essa digestão continua no citoplasma e os produtos são transferidos para os capilares sanguineos. Essa atividade é coordenada por citosinas (proteínas sinalizadoras, que atuam localmente), e por hormônios (calcitonina-tireóide-e pararatormônio-paratireóides).<br /><br />Matriz óssea:<br />Apresenta duas partes:<br />1. Parte inorgânica: contribui com 50% do peso da matriz óssea, os íons mais encontrados são: o fosfato e o cálcio, que se encontram sob a forma de cristal, com estrutura semelhante a da hidroxiapatita, onde os íons da superfície são hidratados, compondo uma camada de água (capa de hidratação), que facilita a troca de íons entre o cristal e o líquido intersticial.<br />2. Parte orgânica: formada na sua maior parte por fibras colágenas (colágenos tipo I), possui pequena quantidade de proteoglicanas e glicoproteínas.<br />A associação das fibras de colágeno com a hidroxiapatita é responsável pela dureza e resistência do tecido ósseo .<br /><br />Periósteo e endósteo:<br />Células osteogênicas, e tecido conjuntivo que recobrem as superfícies internas (endósteo) e externas (periósteo) dos ossos.<br />1. Periósteo: na camada mais superficial, há fibras de colágeno e fibroblastos, as fibras de Sharpey são feixes colágenas do periósteo que penetram no tecido ósseo e prendem o periósteo ao osso . Enquanto que, na camada mais profunda, o periósteo é mais célula e apresenta células osteoprogenitoras, similares, morfologicamente, aos fibroblastos, elas se multiplicam por mitose e se diferenciam em osteoblastos, portanto, desempenha importante papel no crescimento dos ossos e na reparação de fraturas.<br />2. Endósteo: camada de células osteogenias achatadas revestindo as cavidades do osso esponjoso, o canal medular, os canais de havers e os de volumam.<br />Funções: nutrição do tecido ósseo, fornecimento de novos osteoblastos, para o crescimento e recuperação do osso .<br /><br />Tipos de tecido ósseo:<br />Há dois tipos de classificação:<br /><br />1. A macroscópica, com duas divisões, que possuem a mesma estrutura histológica:<br />A) Osso compacto<br />B) Osso esponjoso: com cavidades que são ocupadas pela medula óssea .<br />Em ossos longos, as epífises (extremidades) são formadas por ossos esponjosos com uma delgada camada superficial compacta, a diáfise (parte cilíndrica) é quase totalmente compacta (chamado de osso cortical), com pequena quantidade de osso esponjoso na sua parte profunda, para delimitar o canal medular (ocupado pela medula óssea). Em ossos curtos, o centro é esponjoso e recoberto em toda sua periferia por uma camada compacta . Já nos ossos chatos (calvária) existem duas laminas de osso compacto (tábuas interna e externa) separadas por um osso esponjoso (díploe).<br />A medula óssea: no recém-nascido apresenta cor-vermelha, devido ao alto teor de hemácias, e é ativa a produção de células do sangue (medula óssea hematógena), com o decorrer dos anos, ela vai sendo infiltrada por tecido adiposo, com diminuição da atividade hematógena (medula óssea amarela).<br /><br />2. Histológica, ambos os tipos apresentam mesmas células e mesmos constituintes de matriz.<br />A) Tecido ósseo primário:<br />Não é do tipo lamelar, é o primeiro tecido ósseo que aparece, sendo substituído gradativamente por tecido ósseo lamelar ou secundário .<br />Pouco freqüente no adulto, persistindo apenas próximo as suturas dos ossos do crânio, nos alvéolos dentários e em alguns pontos de inserção dos tendões.<br />Apresenta fibras colágenas dispostas em várias direções, sem organização definida, possui menor quantidade de minerais e maior proporção de osteócitos.<br />B) Tecido ósseo secundário (lamelar):<br />Encontrado no adulto, principal característica, presença de fibras colágenas em lamelas, que podem se posicionar paralelamente, ou em camadas concêntricas em torno de canais com vasos (Sistema de Havers ou ósteons, característicos de diáfise de ossos longos, porém podem existir em ossos compactos porém com diâmetros menores), as lacunas contendo osteócitos estão situadas entre essas lamelas, em cada lamela, as fibras de colágeno estão paralelas umas as outras, separando grupos de lamelas existe o acúmulo de uma substância cimentaste (matriz mineralizada, com pouco colágeno).<br />Na diáfise, a distribuição das fibras de colágeno, é a seguinte: sistema de Havers, circunferências externos e internos e os intermediários,<br />Sobre o Sistema de Havers, pode-se dizer que é um cilindro longo, bifurcado, paralelo à diáfise e formado por lamelas ósseas concêntricas (que se alternam entre claras e escuras devido ao arranjo das fibras de colágeno dessas lamelas), no centro existe um canal revestido de endósteo (canal de Havers), que possui vasos e nervos, seu diâmetro pode variar devido a remodelação constante do tecido ósseo. Cada canal de Havers pode comunicar-se entre si, com a cavidade medular e com a superfície externa do osso por meio de canais transversais oblíquos, os canais de Volkmann, que não apresentam lamelas ósseas concêntricas, eles atravessas as lamelas ósseas.<br />Os sistemas circunferências interno e externo são constituídos por lamelas ósseas paralelas entre si, formando duas faixas: uma situada na parte interna do osso, em volta do canal medular; e a outra na parte mais externa, próxima ao periósteo .<br />O sistema intermediário se encontra entre o sistema de Havers, e são grupos irregulares de lamelas, geralmente em forma triangular, que provém de restos de sistemas de Havers que foram destruídos durante o processo de crescimento do osso .<br />Histogênese: dois tipos de ossificação, sendo que em ambas o primeiro tecido ósseo formado é o do tipo primário, que pouco à pouco é substituído pelo secundário, sendo assim, durante o crescimento dos ossos podem-se ver, lado a lado, áreas de tecido primário, áreas de reabsorção e áreas de tecido secundário .<br /><br />· Ossificação intramembranosa:<br />Ocorre no interior de membranas do tecido conjuntivo, é o processo formador dos ossos frontal, parietal e partes do occipital, do temporal, e dos maxilares inferior e superior; contribui também para o crescimento em espessura de ossos longos.<br />O local da membrana conjuntiva onde a ossificação começa, chama-se centro de ossificação primária, e tem início pela diferenciação de células mesenquimais, que se tornam arredondadas e formam um blastema, o qual por diferenciação originam grupos de osteoblastos, que sintetizam o osteóide (matriz óssea não calcificada), que logo se mineraliza, englobando alguns osteoblastos, que se transformam em osteócitos.<br />Como vários desses grupos (osteoblastos englobados, assim como suas ramificações) surgem quase que simultaneamente no centro de ossificação, há confluência das traves ósseas formadas, dando ao osso um aspecto esponjoso .Entre essas traves formam-se cavidades, que são penetradas por vasos sanguíneos e células mesenquimais, originando a medula óssea .<br />Esses centros de ossificação crescem radialmente, ocupando quase toda membrana conjuntiva preexistente, a parte da membrana que não sofre ossificação constitui o endósteo e o periósteo .<br />Nos ossos chatos do crânio, após o nascimento, verifica-se um predomínio acentuado da formação sobre a reabsorção do tecido ósseo mas superfícies interna e externa, assim formam-se duas tábuas de osso compacto, enquanto que o centro permanece esponjoso (díploe).<br /><br />· Ossificação endocondral: é o responsável pela formação de ossos curtos e longos.<br />Ocorre sobre uma peça de cartilagem hialina, parecida a forma do osso que vai se formar, porém, com tamanho menor.<br />Como ocorre: primeiro, a cartilagem hialina sofre modificações, havendo a hipertrofia dos condrócitos, redução da matriz cartilaginosa a finos tabiques, sua mineralização e morte dos condrócitos por apoptose. Segundo, as cavidades previamente ocupadas pelos condrócitos são invadidas por capilares sanguíneos e células osteogenias vindas do conjuntivo adjacente, essas células diferenciam-se em osteoblastos, que depositarão matriz óssea sobre os tabiques de cartilagem calcificada, assim aparece o tecido ósseo, onde antes havia tecido cartilaginoso .<br />Formação de ossos longos: O molde cartilaginoso possui uma parte média estreitada e as extremidades dilatadas, correspondendo, respectivamente, a diáfise e as epífises do futuro osso .<br /><br />· Centro primário de ossificação:<br />O primeiro tecido ósseo a aparecer no osso longo é formado pela ossificação intramembranosa do pericôndrio (camada de tecido conjuntivo que recobre a cartilagem), que recobre a parte média da diáfise, formando um cilindro (colar ósseo).<br />Enquanto se forma o colar ósseo, as células cartilaginosas envolvidas por ele se atrofiam (aumentam de tamanho) e morrem (por apoptose) e a matriz da cartilagem se mineraliza, vasos sanguíneos, partindo do periósteo (tecido conjuntivo, com células osteoprogênitoras) atravessam o colar ósseo e penetram na cartilagem calcificada, levando consigo as células osteoprogênitoras, que proliferam e se diferenciam em osteoblastos. Estes formam camadas contínuas na superfícies das paredes finas de matriz cartilaginosa calcificada, e iniciam a síntese da matriz óssea, que logo se mineraliza . Forma-se assim, o tecido ósseo primário, sobre os resto de cartilagem calcificada .<br />Seu crescimento, rápido em sentido longitudinal, ocupa toda a diáfise, esse alastramento do centro primário, é acompanhado pelo crescimento do colar ósseo que se formou a partir do pericôndrio e que cresce também na direção das epífises.<br />Desde o inicio da formação do centro primário, surgem osteoclastos e ocorre a absorção do tecido ósseo formado no centro da cartilagem, aparecendo assim, o canal medular, o qual também cresce longitudinalmente a medida que a ossificação progride. A medida que se forma o canal medular, células sanguíneas, originadas de células hematógenas multipotente (células tronco), trazidas pelo sangue dão origem a medula óssea . As células tronco hematógenas se fixam no microambiente do interior dos ossos, onde vão produzir todos os tipos de células do sangue<br /><br />· Centro de ossificação secundário:<br />Formados em cada epífise (não simultaneamente) , são semelhantes ao centro primário da diáfise, mas seu crescimento é radial, ao invés de longitudinal. A porção central do osso formado nos centros secundários (nas epífises) também contem medula óssea .<br /><br />Quando o tecido ósseo formado nos centros secundários ocupa a epífise, o tecido cartilaginoso fica reduzindo a dois locais:<br />1. Cartilagem articular, que persistirá por toda a vida e não contribui para a formação de tecido ósseo<br />2. Cartilagem de conjugação ou disco epifisário, composta por um disco cartilaginoso que não foi penetrado pelo osso em expansão e que será responsável, pelo crescimento longitudinal do osso, ela fica entre o tecido ósseo das epífises e o da diáfise. Seu desaparecimento por ossificação, aproximadamente aos 20 anos de idade, determina a parada do crescimento longitudinal dos ossos.<br /><br />Na cartilagem de conjugação, distinguem-se cinco zonas:<br />1. Zona de repouso: onde existe cartilagem hialina sem qualquer alteração morfológica<br />2. Zona de cartilagem seriada ou de proliferação: onde os condrócitos se dividem rapidamente e formam fileiras ou colunas paralelas de células achatadas e empilhadas no sentido longitudinal do osso<br />3. Zona de cartilagem hipertrófica: apresenta condrócitos muito volumosos, com depósitos citoplasmáticos de glicogênio e lipídeos. A matriz fica reduzida a tabiques delgados, entre as células em apoptose.<br />4. Zona de cartilagem calcificada: ocorre a mineralização dos delgados tabiques de matriz cartilaginosa e termina a apoptose dos condrócitos.<br />5. Zona de ossificação: zona em que aparece tecidos ósseos, capilares sanguíneos e células ósteoprogenitoras originadas do periósteo invadem as cavidades deixadas pelos condrócitos mortos. As células osteoprogenitoras se diferenciam em osteoblastos, que formam uma camada contínua sobre os restos de matriz cartilaginosa calcificada, os osteoblastos depositam a matriz óssea .<br /><br />A matriz óssea calcifica-se e aprisiona osteoblastos, que se transformam em osteócitos. Desse modo, formam-se as espículas ósseas, com uma parte central de cartilagem calcificada e uma parte superficial de tecido ósseo primário<br /><br />Crescimento e remodelação dos ossos:<br />O crescimento ósseo consiste na formação de tecido ósseo novo, associada à reabsorção parcial do tecido já formado; desse modo, os ossos conseguem manter sua forma enquanto crescem.<br />Nos adultos existe remodelação dos ossos, um processo fisiológico, porém, nesse caso, não está relacionada com o crescimento e é muito mais lenta .<br />O tecido ósseo é capaz de remodelar sua estrutura interna em respostas a modificações nas forças a que está submetido .<br />Os ossos chatos crescem por formação de tecido ósseo pelo periósteo situado entre as suturas e na face externa do osso, enquanto ocorre reabsorção na face interna . O tecido ósseo responde ao crescimento do encéfalo, formando uma caixa craniana do tamanho adequado, havendo deficiência no crescimento do encéfalo, a caixa craniana será pequena, ao contrário, em crianças com hidrocefalia, onde o encéfalo é muito volumoso, a caixa craniana é também muito maior do que o normal.<br />Os ossos longos, nas epífise há o aumento de tamanho devido ao crescimento radial da cartilagem, acompanhado por ossificação endocondral; e na diáfise há o crescimento em extensão pela atividade dos discos epifisários e, em espessura, pela formação de tecido ósseo na superfície externa da diáfise, com reabsorção na superfície interna, essa reabsorção interna aumenta o diâmetro do canal medular.<br /><br />Aplicação médica:<br />Exemplo da plasticidade do tecido ósseo: a posição dos dentes na arcada dentária pode ser modificada por pressões exercidas por aparelhos ortodônticos, ocorrem reabsorção óssea no lado em que a pressão atua e deposição no lado oposto, que está sujeito a uma tração .<br />Reparação das fraturas: nos locais de fratura óssea ocorre hemorragia, devido a lesão dos vasos sanguíneos, destruição de matriz e morte de células ósseas.<br />Para que a reparação se inicie, o coágulo sanguíneo e os restos celulares e da matriz devem ser removidos pelos macrófagos, o periósteo e o endósteo próximos a área fraturada respondem com uma intensa proliferação, formando um tecido muito rico em células osteoprogenitoras que constitui um colar em torno da fratura e penetra entre as extremidades ósseas rompidas. Nesse anel ou colar conjuntivo, surge tecido ósseo imaturo, tanto pela ossificação endocondral de pequenos pedaços de cartilagem que aí se formam, como também por ossificação intramembranosa . Esse processo evolui de modo a aparecer, após algum tempo, um calo ósseo, que envolve a extremidade dos ossos fraturados. O calo ósseo é constituído por tecido ósseo imaturo que une provisoriamente às extremidades do osso fraturado .<br />As trações e pressões exercidas sobre o osso durante a reparação da fratura, e após o retorno do paciente as suas atividades normais, causam a remodelação do calo ósseo e sua completa substituição por tecido ósseo lamelar. Se essas trações e pressões forem idênticas às exercidas sobre o osso antes da fratura, a estrutura do osso volta a ser a mesma que existia anteriormente, o tecido ósseo repara-se sem a formação de cicatriz.<br /><br />Papel metabólico do tecido ósseo:<br />O esqueleto atua como uma reserva do íon cálcio, cuja a concentração no sangue (calcemia) deve ser mantida constante , para o funcionamento normal do organismo .<br />Há um intercambio, entre o cálcio do plasma sanguíneo e o dos ossos. O cálcio absorvido da alimentação e que faria aumentar a concentração sanguínea deste íon é depositada rapidamente no tecido ósseo, e, inversamente, o cálcio dos ossos é mobilizado quando diminui sua concentração no sangue. Existem dois mecanismos de mobilização do cálcio depositado nos ossos:<br />1. Transferência dos íons dos cristais de hidroxiapatita para o líquido intersticial, do qual o cálcio passa para o sangue, é um mecanismo favorecido pela grande superfície dos cristais de hidroxiapatita e tem lugar principalmente no osso esponjoso . As lamelas ósseas mais jovens e pouco calcificadas, são as que recebem e cedem cálcio com maior facilidade, essas lamelas são mais importantes na manutenção da calcemia do que as lamelas antigas, muito calcificadas e cujos papéis principais são de suporte e proteção .<br /><br />2. Pela ação do hormônio da paratireóide, ou paratormônio, sobre o tecido ósseo, ocorre de forma mais lenta, e causa um aumento do número de osteoclastos e reabsorção da matriz óssea, com liberação de fosfato de cálcio aumento da calcemia . A concentração de (PO4)3- não aumenta no sangue, porque o próprio paratormônio acelera a excreção renal de íons de fosfato . O paratormônio atua sobre receptores localizados nos osteoblastos. Em resposta a esse sinal, os osteoblastos deixam de sintetizar colágeno e iniciam a secreção do fator estimulador dos osteoclastos. Um outro hormônio, a calcitonina, produzida pelas células parafoliculares da tireóide, inibe a reabsorção da matriz, e, portanto, a mobilização do cálcio . A calcitonina tem um efeito inibidor sobre os osteoclastos.<br /><br />Aplicação médica:<br />A carência alimentar do cálcio causa descalcificação dos ossos, que se tornam mais transparentes ao raio X e predispostos a fraturas. A descalcificação óssea pode também ser devida a uma produção excessiva de paratormônio (hiperparatireoidismo), o que provoca intensa reabsorção óssea, aumento de cálcio e fosfato no sangue, e deposição anormal de sais de cálcio em vários órgãos, principalmente nos rins e na parede das artérias.<br />O oposto ocorre na osteopetrose, doença causada por defeito nas funções dos osteoclastos, com superprodução de tecido ósseo muito compactado e duro, causa o fechamento das cavidades que contém medula óssea formadora de células do sangue, produzindo anemia e deficiência em leucócitos (glóbulos brancos), o que reduz a resistência dos pacientes à infecções.<br />Efeitos de deficiências nutricionais: A deficiência de cálcio leva a uma calcificação incompleta da matriz orgânica produzida , pode ser devido à carência desse mineral nos alimentos ou à falta de pró-hormônio vitamina D, que é importante para a absorção de cálcio e fosfato pelo intestino delgado .<br />Na criança, a deficiência de cálcio causa o raquitismo, nesta doença a matriz óssea não se calcifica normalmente, de modo que as espículas ósseas formadas pelo disco epifisário se deformam, por não suportarem as pressões normais exercidas sobre elas pelo peso corporal e pela ação muscular, assim, os ossos não crescem normalmente e as extremidades dos ossos longos se deformam.<br />No adulto, a falta de cálcio leva a osteomalacia, que se caracteriza pela calcificação deficiente da matriz óssea neoformada e descalcificação parcial da matriz já calcificada, com a conseqüente fragilidade óssea, porém como no adulto não existem mais as cartilagens de conjugação, não ocorrem as deformações dos ossos longos nem o atraso do crescimento, característicos do raquitismo .<br />Na osteoporose, os ossos também se tornam menos resistentes, mas a causa não é a deficiência nutricional de cálcio nem de vitamina D. Na osteoporose a concentração de cálcio na matriz orgânica é normal, mas a quantidade de tecido ósseo é menor, apresentando o osso amplos amplos canais de reabsorção, essa condição pode aparecer em pacientes imobilizados, pessoas idosas e, principalmente, em mulheres após a menopausa, quando decorre um desequilíbrio na remodelação dos ossos, com predomínio da reabsorção sobre a neoformação de tecido ósseo .<br /><br />Hormonios que atuam sobre os ossos:<br />· Hormônios paratireóides,<br />· Calcitonina (produzida pela tireóide),<br />· Hormônio do crescimento (produzida na parte anterior da hipófise), estimula o crescimento em geral, tendo efeito acentuado sobre a cartilagem epifisária, os efeitos desse hormônio não são diretos, ele estimula certos órgãos, principalmente, o fígado, a sintetizar polipeptídeos denominados somatomedinas, que tem efeito sobre o crescimento . A falta desse hormônio durante o crescimento produz o nanismo hipofisário, sua produção excessiva, ocorre em tumores, causa o gigantismo (na criança) e acromegalia (em adultos), no gigantismo há um desenvolvimento excessivo do comprimento dos ossos longos, já no adulto, como o excesso de hormônios do crescimento atua quando já não existem mais cartilagens de conjugação, os ossos não podem mais crescer em comprimento, mas crescem em espessura (crescimento perióstico), dando origem à acromegalia, condição em que os ossos, principalmente os longos, se tornam muito mais espessos.<br />· Hormonios sexuais: influem sobre o aparecimento e o desenvolvimento de centros de ossificação, a maturação precoce retarda o crescimento corporal, pois, a cartilagem epifisária é substituída rapidamente por tecido ósseo, nos casos desenvolvimento deficiente das gônadas ou de castração de animais em crescimento, as cartilagens epifisárias permanecem por mais tempo, de modo que o animal atinge tamanho acima do normal.<br />· Hormonio da tireóide: sua deficiência causa o cretinismo, caracterizado por retardo mental e nanismo, nesse caso ocorre a diminuição da produção de hormônio do crescimento pela hipófise, além disso o hormônio da tireóide potencia os efeitos do hormônio do crescimento sobre os tecidos<br />· Hormonio leptina, produzido pelo tecido adiposo, atua junto com o sistema nervoso central na regulação e remodelação do tecido ósseo .<br /><br />Tumores dos ossos:<br />· Osteomas: osteoblastomas e osteoclastomas, benignos<br />· Osteossarcomas: malignos, se caracteriza pela presença de osteoblastos pelomórficos (morfologia irregular e variada) e que se dividem por mitose com muita freqüência, associados a osteóides por ele sintetizados, a maioria dos casos desse tipo de câncer ocorre em adolescentes ou adultos jovens, os locais mais freqüentemente atingidos são as extremidades inferior do fêmur e as extremidades superior da ´tíbia e do úmero .<br /><br />Pode aparecer também tumores de células cartilaginosas:<br />· Condromas: benignos<br />· Condrossarcomas: malignos<br /><br />Articulações:<br />A união dos ossos depende das articulações, que podem ser divididas, em:<br /><br />· Diartroses: que permitem grandes movimentos dos ossos, encontradas unindo ossos longos, existe uma cápsula que liga as extremidades ósseas, delimitando uma cavidade fechada, a cavidade articularm que contem um liquido, o liquido sinovial (diálisado do plasma sanguineo com elevado teor de ácido hialurônico, sintetizado pelas camadas das células da camada sinovial), esse liquido é uma via transportadora de substancias, entre a cartilagem articular (avascular) e o sangue dos capilares da membrana sinovial, nutrientes e oxigênio passam do sangue para a cartilagem articular e gás carbônico difunde-se em sentido contrário .<br />As cápsulas podem ter estruturas diferentes, conforme a articulação considerada, sendo em geral constituídas por duas camadas, uma externa ( a fibrosa), formada por tecido conjuntivo denso, e um interna (a camada ou membrana sinovial), o revestimento da camada sinovial é constituído por dois tipos celulares, um com fibroblastos e o outro tem o aspecto e a atividade funcional semelhantes aos macrófagos.<br /><br />· Sinartroses: não ocorrem movimentos ou apenas movimentos muito limitados, existem três tipos, de acordo com o tecido que a compõe:<br />1. Sinostoses: ossos são unidos por tecido ósseo, e elas são totalmente desprovidas de movimento, unem ossos chatos do crânio, nas pessoas de idade avançada; já em crianças e adultos essa união é feita por meio de tecido conjuntivo denso .<br />2. Sincondroses: existe movimentos limitados, sendo as peças ósseas unidas por cartilagem hialina, exemplo: articulação da primeira costela com o esterno .<br />3. Sindesmoses: são como sincondroses, com alguns movimentos, e nelas o tecido que une os ossos é o conjuntivo denso, exemplos: sinfise pubiana e articulação tibiofibular inferior.<br />A capacidade de resistência ao choque (resiliencia) da cartilagem é um eficiente amortecedor das pressões mecânicas intermitentes que são exercidas sobre a cartilagem articular, mecanismo similar ocorre nos discos intervertebrais, moléculas de proteoglicanas isoladas ou formando agregados constituem um feltro contendo grande número de moléculas de água, o que funciona como uma mola biomecânica, a aplicação de pressão força a saída de água da cartilagem para o líquido sinovial, a expulsão da água condiciona o aparecimento de outro mecanismo que contribui para a resiliencia da cartilagem, a repulsão eletrostática recíproca entre os agrupamentos carboxila e sulfato das glicosaminoglicanas, criando espaços que serão ocupados pelas moléculas de água, quando desaparece as pressões.<br />O movimento de água com nutrientes e gases dissolvidos, é desencadeado pelo uso da articulação, esse movimento de líquido é essencial para as trocas de gases entre a cartilagem e o liquido sinovial.Leticia Venoso Costahttp://www.blogger.com/profile/11024639174223002851noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-6327433757917595023.post-49106693547001871592010-07-03T18:06:00.000-07:002010-07-03T18:41:22.387-07:00Tecido EpitelialA forma e as características das células epiteliais:<br /><br />Forma poliédrica, devido ao fato das células serem justapostas formando folhetos ou aglomerados tridimensionais, a forma do núcleo geralmente acompanha a forma das células.<br /><br />Praticamente todas as células epiteliais estão apoiadas por um tecido conjuntivo .Se o epitélio recobre cavidades de órgãos ocos, a camada de tecido conjuntivo recebe o nome de lâmina própria, a porção da célula epitelial voltada para o tecido conjuntivo é denominado porção basal, ou pólo basal, e a extremidade oposta é denominada porção apical ou pólo apical, e a superfície dessa região é denominada superfície livre, já as superfícies das células epiteliais que se encontram às células vizinhas são chamadas paredes laterais.<br /><br />· Lâminas basais e membranas basais:<br />Na superfície de contato entre as células epiteliais e o tecido conjuntivo há uma lâmina basal, que só é visível ao microscópio eletrônico .Aparece como uma camada elétron-densa, formada por uma delicada rede de fibrilas (lâmina densa), pode apresentar também uma camada de elétron-lucentes nos lados da lamina densa (lâminas lúcidas). Os componentes principais das laminas basais (secretados pelas células epiteliais) são: colágeno tipo IV, glicoproteínas (laminina, entactina e proteoglicanas).<br />As laminas basais existem também em outros tipos de células que entram em contato com o tecido conjuntivo, ela forma uma barreira que limita ou controla a troca de macromoléculas entre essas células e o tecido conjuntivo, estão presentes também entre camadas de epitélio adjacentes ou muito próximas.<br />Há casos em que fibras reticulares, produzidas no tecido conjuntivo, se associam as lâminas basais, formando as laminas reticulares.<br /><br />Funções: papel estrutural, filtração de moléculas, influenciam na polaridade das células, regulam a proliferação e a diferenciação celular, influem no metabolismo celular, organizam proteínas nas membranas plasmáticas de células adjacentes, servem como caminho e suporte para a migração de células , contem informações necessárias para algumas interações célula-célula .<br /><br />Membrana basal: nome dado a estrutura visível ao microscópio de luz, que resulta da união de duas laminas basais, ou de uma lamina basal e outra reticular.<br /><br />· Junções intercelulares:<br />Estruturas responsáveis pela coesão e comunicação entre células.<br />Sabe-se que as células epiteliais apresentam uma intensa adesão mútua, o que ocorre devido, em partes, a ação coesiva de glicoproteínas transmembranares, chamadas caderinas, que perdem sua capacidade de aderência na ausência de íons de cálcio . Além dessas macromoléculas, há especializações que aumentam a adesão, as junções intercelulares, que servem não apenas para a adesão, como também para a vedação, além de que podem oferecer canais para a comunicação entre células adjacentes, logo há uma classificação:<br /><br />1. Junções de adesão, zônulas de adesão: circunda toda a célula e contribui para a aderência entre células vizinhas.<br /><br />2. Junções impermeáveis, zônulas de oclusão: costumam ser mais apicais. “Zônula” significa cinturão, logo circunda toda a célula, e “oclusão” se refere a fusão de membranas, portanto ocorre a vedação do espaço intercelular. Função: promover a vedação, o que impede o movimento de materiais entre células epiteliais, participam da formação de compartimentos funcionais, delimitados por folhetos embrionários de células epiteliais. (A junção da zônula de oclusão com a de adesão que circunda toda a parede lateral da região apical de vários tipos de epitélio, é denominada complexo unitivo)<br /><br />3. Junções de comunicação, junções comunicantes ou junções GAP: presente em qualquer local das membranas laterais, são formadas por porções de membrana plasmática em forma de placas. As proteínas da junção comunicante: conexivas, se organizam em torno de um poro, esse conjunto é denominado conexon. Conexons de uma célula se unem a conexons de outra célula, formando canais hidrófilos, permitindo o intercambio de moléculas, como as de sinalização .Inibidores metabólicos, inibem a formação de junções ou desfazem as já existentes.<br /><br />4. Desmossomo ou mácula de adesão: estrutura complexa, em forma de disco, presente na superfície de uma célula,e que é sobreposto a uma estrutura idêntica presente na superfície da célula adjacente, promove uma adesão bem forte, que é inibida pela ausência de cálcio<br /><br />5. Hemidesmossomos: estrutura similar ao do desmossomo, prendem a célula epitelial a lâmina basal.<br /><br />Além disso, há também a presença de papilas, que aumentam a área de contato, através de evaginações, estão presentes em maior freqüência em tecidos epiteliais de revestimento, sujeito a tensão mecânica, ex.: pele, língua e gengiva .<br /><br />Especializações da superfície livre das células epiteliais:<br /><br />Funções: aumentar a superfície de contato ou locomover partículas.<br /><br />· Microvilos: pequenas projeções do citoplasma, com expansões curtas ou na forma de dedos.<br />Em células que exercem intensa absorção o glicocálix é mais espesso que nas maiorias das células, e o conjunto de glicocálix e microfilos é visto facilmente ao microscópio de luz, sendo chamado de borda em escova, ou borda estriada .<br /><br />· Estereocílios: prolongamentos longos e imóveis de células do epidídimo e do ducto deferente, que na verdade são microfilos longos e ramificados. Eles aumentam a superfície de contato, facilitando o movimento de moléculas.<br /><br />· Cílios e flagelos: prolongamentos dotados de mobilidade, apresentam dois microtúbulos centrais, e pares de microtúbulos periféricos.<br />Os cílios estão inseridos em corpúsculos basais, que são estruturas eletron-densas, situadas no ápice das células, logo abaixo da membrana . O movimento ciliar é freqüentemente coordenado para permitir que uma corrente seja impelida ao longo do epitélio .<br />Os flagelos estão presentes, no corpo humano, apenas nos espermatozóides, e sua estrutura é semelhante a dos cílios, porém os flagelos são mais longos e limitados por células.<br /><br />Tipos de epitélio:<br />· Epitélio de revestimento: as células são organizadas em camadas, que cobrem a superfície externa e revestem cavidades.<br /><br />Classificação, de acordo com o número de camadas:<br /><br />1. Epitélio simples: possuem apenas uma camada de células, pode ser, de acordo com o formato das células<br /><br />2. Epitélio estratificado, contem mais de uma camada de células<br />De acordo com a forma de suas células, o epitélio simples pode ser:<br /><br />1. Pavimentoso: ex.: endotélio e mesotélio (reveste cavidades do corpo)<br /><br />2. Cúbico: ex.: epitélio que reveste externamente o ovário<br /><br />3. Prismático; reveste o intestino delgado<br /><br />O epitélio estratificado pode ser:<br /><br />1. Pavimentoso:<br />Não queratinizado: reveste cavidades úmidas, ex.: esôfago, vagina .<br />Queratinizado: reveste superfície secas, ex.: pele.<br />Ambos apresentam várias camadas de células, sendo que as que se localizam próximas ao tecido conjuntivo (células basais) apresentam formato cúbico ou prismático, porém, a medida que se aproxima do ápice, o formato das células fica cada vez mais irregular, até que na superfície elas se tornam achatadas. Nos epitélio não queratinizado as células achatadas da superfície retém os núcleos e boa parte das organelas; enquanto que no queratinizado as células mais superficiais são mortas, e seu citoplasma é ocupado por grande quantidade de filamentos intermediários de citoqueratina .<br /><br />2. Prismático: (raro) presente apenas na conjuntiva ocular e nos grandes ductos excretores, como os das glândulas salivares.<br /><br />Epitélio de transição: epitélio estratificado cuja a parte mais superior é formado por células globosas, reveste a bexiga urinária (a forma das células muda de acordo com o aumento da bexiga), o ureter e a parte superior da uretra .<br /><br />Epitélio pseudo-estratificado: é formado por apenas umas camada de células, porém os núcleos parecem estar em várias camadas. Reveste as passagens respiratórias.<br /><br />Células neuroepiteliais: constituem epitélios com funções sensoriais especializada, ex.: células das papilas gustativas e da mucosa olfatória .<br /><br />Células mioepiteliais: células ramificadas com miosina e actina, capazes de se contrair, abraçam a unidade secretora da glândula, e se contraem afim de expelir os produtos da secreção, estão presentes nas porções secretoras das glândulas mamárias, sudoríparas e salivares.<br /><br />· Epitélios glandulares:<br />Composto por células especializadas na atividade de secreção, as moléculas a serem excretadas são armazenadas nas células em pequenas vesículas envolvidas por uma membrana, e são chamados de grânulo de secreção .<br />Podem sintetizar, armazenar e secretar proteínas (pâncreas), lipídeos (adrenal, glândulas sebáceas) ou complexo de carboidrato e proteínas (glândulas salivares).<br /><br />Tipos de epitélio glandulares:<br />· Glândulas unicelulares: células glandulares isoladas, ex.: célula caliciforme (presente no revestimento do intestino e do trato respiratório)<br />· Glândulas multicelulares: composta por agrupamento de células. São normalmente envolvidas por uma cápsula de tecido conjuntivo, em que prolongamentos dessa cápsula são chamados de septos e dividem a glândula em porções menores, denominadas lóbulos, os vasos sanguíneos e nervos que penetram na glândula se subdividem no interior dos septos.<br />As glândulas são formadas a partir de epitélio de revestimento cujas células se proliferam e invadem o tecido conjuntivo subjacente, daí sofrem uma diferenciação (o que ocorre durante o desenvolvimento embrionário), tipos de glândulas multicelulares:<br />· Glândulas exócrinas: mantém sua conexão com o epitélio do qual se originaram, apresentam ductos tubulares, pelos quais a secreção são eliminadas, alcançando a superfície do corpo ou uma cavidade.<br />Apresentam uma porção secretora, onde estão as células responsáveis pelo processo secretório; e um ducto, que transporta a secreção eliminada das células.<br /><br />Classificação:<br />1. Glândulas simples: apresenta apenas um ducto não ramificado . Podem ser separadas, de acordo com sua porção secretora, podendo ser: tubulares (porção secretora em forma de tubo), tubulares ramificadas ou acinosas (porção secretora esférica ou arredondada).<br />2. Glândulas compostas: apresentam ductos ramificados, podem ser separadas de acordo com a classificação da sua porção secretora, que pode ser: tubulares, acinosas ou túbulo-acinosas.<br />· Glândulas endócrinas: não apresentam ductos tubulares, portanto sua secreção é lançada no sangue e transportada para o seu local de atuação através dos vasos sangüíneos.<br /><br />Existem dois tipos de glândulas endócrinas:<br />1. Células formam cordões enrolados em capilares sanguíneos (adrenal, paratireóide, lóbulo anterior da hipófise).<br />2. Células formam vesículas ou folículos preenchidos de material secretado (glândula tireóide)<br />Alguns órgãos apresentam funções tanto endócrinas, quanto exócrinas, e um só tipo de célula pode realizar as duas funções (ex.: Fígado), há também órgãos que apresentam um tipo de célula para realizar cada tipo de função (pâncreas, células acinosas: secretam enzimas digestivas para o ducto pancreático, enquanto que ilhotas secretam hormônios insulina e glucagon para a corrente sanguínea).<br /><br />De acordo com o modo pelo qual os produtos são secretados, as glândulas podem ser classificadas como:<br />1. Merócrinas: a secreção é liberada pela célula por meio da exocitose, sem nenhuma perda celular, ex.: pâncreas.<br />2. Holócrinas: o produto de secreção é eliminado junto com toda a célula, ocorre a destruição das células repletas de secreção, ex.: glândulas sebáceas.<br />3. Apócrino: onde o produto de secreção é descarregado junto com porções do citoplasma apical<br /><br />Biologia dos tecidos epiteliais:<br />· Polaridade: devido a diferente estruturação e composição de organelas presentes no ápice com organelas presentes na base de uma célula epitelial, ocorre uma polaridades nessas células, o que implica que diferentes partes dessa célula podem ter diferentes funções.<br />· Inervação: a maioria dos tecidos epiteliais apresentam abundante irrigação nervosa, além da inervação sensorial, há também, a inervação motora, responsável pelo funcionamento de muitas células secretoras.<br />· Renovação das células epiteliais: são estruturas bem dinâmica e renovadas pela atividade mitótica, a taxa de renovação varia de acordo com o epitélio .A divisão ocorre nas células mais próximas a lamina basal, onde se encontram as células tronco desse epitélio .<br />Aplicação médica: metasplasia: capacidade que um tecido epitelial possui de se transformar em outro, devido a condições especiais, é um processo reversível, e pode ocorrer também no tecido conjuntivo .<br />· Controle da atividade glandular: há tanto o controle nervoso, como o endócrino, sendo que, geralmente, apenas um deles predomina . Ambos os tipos de controle se dão através da ação de substancias químicas, denominados mensageiros químicos.<br />· Células que transportam íons: todas possuem a capacidade de transporte através do transporte ativo, células epiteliais usam desse meio, através da bomba de sódio e potássio, para transferir sódio através do epitélio, para a base (transporte transcelular), tal procedimento, visa a manutenção do equilíbrio elétrico e osmótico .<br />· Células que transportam por pinocitose: observado em epitélios simples pavimentos (endotélios e mesotélios), as células apresentam poucas organelas, e usam desse meio para transportar moléculas entre uma cavidade e o tecido conjuntivo, e vice-versa .<br />· Células serosas: (ex.: células acinosas do pâncreas e glândulas salivares), são poliédricas ou piramidais, núcleos centrais arredondados, região basal apresenta grande acúmulo de retículo endoplasmático rugoso associados a muitos polirribossomos, região apical apresenta um complexo de Golgi bem desenvolvido, e muitas vesículas arredondadas, envolvidas por membranas e com um conteúdo rico em proteínas, são os chamados grânulos de secreção (em células que produzem enzimas digestivas, são denominados grânulos de zimogênio). Os grânulos são sintetizados no complexo de golgi, e permanecem na célula até seu total amadurecimento, a partir daí, são eliminados, sob a ação da exocitose.<br />· Células secretoras de muco: exemplo: célula caliciforme dos intestinos, apresenta numerosos grânulos contendo muco (constituído por glicoproteínas), estão situados na porção apical da célula, núcleo na base, ao redor está o RER, complexo de golgi logo acima do núcleo (muito desenvolvido), as proteínas são sintetizadas na base das células os monossacarídeos são acrescentado a proteínas por enzimas.<br />· Sistema neuroendócrino difuso: são célula endócrinas presentes no tecido epitelial de revestimento, distribuídas por todo o organismo, possuem a capacidade sintetizar hormônios e promover a descarboxilação de aminoácidos, muito das aminas e hormônios produzidos por esse tipo de célula agem como mediadores químicos no sistema nervoso .<br />Aplicação médicas: Apudomas: tumores derivados de células secretoras de polipeptídios, diagnóstico feito normalmente pela realização de imunocitoquímica em cortes de biópsia do tumor.<br /><br />· Células secretoras de esteróides: células endócrinas com as seguintes características:<br />1. Acidófilas, poliédricas ou arredondadas, com núcleo central.<br />2. Citoplasma com abundante retículo endoplasmático liso, que possui as enzimas necessárias para a sintetização de colesterol e a capacidade de transformar a pregnenolona, produzida nas mitocôndrias, em andrógenos, estrógenos e progestágenos.<br />3. Mitocôndrias esféricas ou alongadas, com cristas tubulares, ao invés das cristas em forma de prateleiras, usualmente encontradas, apresentam as enzimas necessárias para a clivagem da cadeia lateral do colesterol e para a produção do pregnenolona, também participa das reações subseqüentes para a produção de hormônios esteróides.<br />Aplicação médica: tumores derivados de células epiteliais: tumor maligno de origem epitelial: carcinoma, os derivados de tecido epitelial glandular, são: adenocarcinomas. Os carcinomas compostos por células diferenciadas refletem características morfológicas específicas e comportamentos das células das quais se originaram (por exemplo: produção de queratina, muco e hormônios). Carcinomas indiferenciados são freqüentemente difíceis diagnosticar só por análise morfológica, como esses carcinomas freqüentemente contem queratina, a detecção dessas substancias por imunocitoquímica em geral ajuda a determinar o diagnóstico e o tratamento desses tumores.<br />.<br />.<br />.<br />ESTUDO DIRIGIDO<br />1. Quais são os quatro tipos básicos de tecidos que constituem o organismo?<br />2. Cite resumidamente as características de cada tipo básico citado.<br />3. As células epiteliais podem apresentar formas variadas. Quais são elas?<br />4. Como essas células se organizam?<br />5. Qual a relação entre a forma do núcleo e a forma da célula?<br />6. Qual o conceito de lâmina própria?<br />7. Qual o conceito de lâmina basal? A lâmina basal pode ser vista ao MO?<br />8. Qual o conceito de membrana basal? A membrana basal pode ser vista ao MO?<br />9. Cite os tipos de junções celulares existentes entre as células epiteliais e especifique a função de cada um deles.<br />10. Qual a estrutura de uma zônula de oclusão? Cite um exemplo no organismo da importância dessa junção.<br />11. Que particularidade a junção GAP (comunicante) apresenta que permite o desempenho de sua função? Cite um exemplo no organismo da importância dessa junção.<br />12. Quais são as especializações da superfície celular encontradas em epitélios? Dê exemplos de localização.<br />13. Qual a estrutura de cada tipo de especialização da superfície celular citado acima.<br />14. Quais são os parâmetro considerados para efetuar a classificação dos epitélios de revestimento?<br />15. Quando um epitélio de revestimento é considerado simples?<br />16. Quando um epitélio de revestimento é considerado estratificado?<br />17. Cite os tipos de epitélio de revestimento considerados simples. Dê exemplos de localização.<br />18. Cite os tipos de epitélio de revestimento considerados estratificados. Dê exemplos de localização.<br />19. Cite as características de um epitélio de revestimento pseudo-estratificado.<br />20. Como é possível distingüir, em uma lâmina histológica, um epitélio pseudo-estratificado de um estratificado verdadeiro?<br />21. Por que alguns epitélios de revestimento apresentam várias camadas de células enquanto outros apresentam apenas uma?<br />22. Cite as funções do epitélio de revestimento e indique qual o elemento ou organização epitelial é responsável por tal função.<br />23. Explique o processo de formação de uma glândula exócrina.<br />24. Cite as porções constituintes de uma glândula exócrina.<br />25. Como podem ser classificadas as glândulas exócrinas quanto à ramificação do seu ducto?<br />26. Como podem ser classificadas as glândulas exócrinas quanto à forma da porção secretora?<br />27. Como podem ser classificadas as glândulas exócrinas quanto ao modo de eliminação da secreção?<br />28. Em uma glândula qualquer, que possa ser dissecada, qual seria o parênquima glandular? E qual seria o estroma glandular?<br />29. Qual a definição de uma glândula exócrina?<br />30. Explique o processo de formação de uma glândula endócrina.<br />31. Qual a definição de uma glândula endócrina?<br />32. Qual o nome dado ao produto de secreção de uma glândula endócrina qualquer?<br />33. Como são classificadas as glândulas endócrinas? Como se organizam as células secretoras nesses tipos glandulares citados.<br />34. Descreva como se dá a nutrição, oxigenação e a remoção do refugo do metabolismo de células epiteliais.<br />35. Epitélios são inervados?<br />36. Qual o conceito de camada basal de um epitélio estratificado. Qual a importância dessa camada?<br />37. Qual o conceito de camada da superfície livre em um epitélio estratificado? Qual a importância dessa camada?<br />38. Cite a estrutura de uma célula que transporta íons. Por que esse tipo celular apresenta muitas mitocôndrias?<br />39. Cite a estrutura de uma célula serosa. Dê exemplos de localização de células serosas.<br />40. Cite a estrutura de uma célula mucosa. Dê exemplos de localização de células mucosas (outras que não as caliciformes).<br />41. Qual a função do muco secretado por células caliciformes do trato respiratório?<br />42. Qual a função do muco secretado por células caliciformes dos intestinos?<br />43. Por que o epitélio de revestimento do intestino grosso apresenta maior quantidade de células caliciformes quando comparado ao intestino delgado?<br />44. Cite a estrutura de uma célula secretora de esteróides.Leticia Venoso Costahttp://www.blogger.com/profile/11024639174223002851noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-6327433757917595023.post-56810467725046400202010-07-03T18:05:00.001-07:002010-07-03T18:36:13.763-07:00Tecido Nervoso<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh12s8kodsODnJ_xRtu3zFCtAY_zULNzfuQGqnzy0YqW67BuKDrWFbRqFqfkgpz4LthC80DwBTibqMys_a4jU1AI7cdZquVc35ZIhY3AdjgmBGY8thFaeAK5k7MWU0Oco21ZritdMk1rIA/s1600/neuronio.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5489858232133913314" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 275px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh12s8kodsODnJ_xRtu3zFCtAY_zULNzfuQGqnzy0YqW67BuKDrWFbRqFqfkgpz4LthC80DwBTibqMys_a4jU1AI7cdZquVc35ZIhY3AdjgmBGY8thFaeAK5k7MWU0Oco21ZritdMk1rIA/s400/neuronio.jpg" border="0" /></a><br /><div>Sistema Nervoso:<br />Funções:<br />- Detectar, transmitir, analisar e utilizar as informações geradas pelos estímulos sensoriais.<br />- Organizar e coordenar o funcionamentos de quase todos os órgãos do organismo.<br /><br />Se encontra na forma de uma rede de comunicações, dividido em Sistema Nervoso Central (SNC) e Sistema Nervoso Periférico (SNP). </div><div><br />SNC: encéfalo e medula<br />SNP: nervos (prolongamentos de neurônios)<br /><br />TECIDO NERVOSO: composto por neurônios e células da Glia<br />Células da Glia: sustentam os neuronios<br />SNC, ocorre uma distinção visualizada macroscópicamente, entre os corpos celulares dos neuronios e seus prolongamentos na medula e no encéfalo. Em que os corpos celulares correspondem a substancia cinzenta. E os prolongamentos dos neurônios e as células da Glia a Substancia Branca (devido a grande quantidade de mielina presente (bainha de mielina) que envolve alguns axônios.<br /><br />NEURÔNIOS: são capazes de responder a alterações do meio em que se encontram, para tal modificam a diferença de potencial existente entre a superfície interna e externa da sua membrana celular (células com essa mesma propriedade: células musculares, neurônios e algumas glandulas. E são denominadas excitáveis). Essa modificação do potencial pode se restringir ao local do estímulo ou se propagar por toda célula (impulso nervoso), função: transmissão de informações.<br /><br />MORFOLOGIA:<br />-Componentes principais:<br />1) Dendritos: prolongamentos numerosos cuja principal função é receber os estímulos do ambiente.<br />2) Corpo Celular (pericário): centro de coordenação da célula, tbm pode receber estímulos.<br />3) Axônio: um único prolongamento, responsável pela transmissão do impulso do neurônio para outras células.<br /><br />CLASSIFICAÇÃO:<br /><br />MORFOLOGIA:<br /></div><div>-Neurônios multipolares: apresentam mais de dois prolongamentos celulares (maioria)<br /></div><div>-Neurônios bipolares:possuem um dendrito e um axonio, encontrados nos gânglios coclear e vestibular, na retina e na mucosa olfatória.<br /></div><div>-Neurônios pseudo-unipolares: sai apenas um ramo do pericário, que se ramifica em dois, onde uma parte vai para a periferia e a outra para o sistema nervoso central, ambos os prolongamentos são considerados axônios, porém as ramificações terminais do ramo que parte para a periferia, são consideradas dendritos. Nesse tipo de neurônio o impulso não passa pelo pericário, encontrados em gânglios espinhais.<br /><br />FUNÇÃO:<br /></div><div>-Neurônios motores: controlam os órgãos efetuadores de respostas.<br /></div><div>-Neurônios sensoriais: receptores de estímulos do meio ambiente.<br /></div><div>-Interneurônios: estabelecem conexões entre neurônios.<br /><br />CORPO CELULAR (PERICÁRIO):<br />Onde está presente o núcleo (esférico e aparece pouco corado, já que seus cromossomos se encontram mto distendidos). Possui apenas um nucléolo (grande e central), próximo ao nucléolo, no sexo feminino, se observa a cromatina sexual (cromossomo x) sob a forma de um grânulo esférico e bem distinto (pois permanece condensado e inativo). É rico em retículo endoplasmático rugoso (sob a forma de cisternas -poços- paralelos) e poliribossomos livres (a união entre cisternas e polirribossomos livres se apresenta sobre a forma de manchas basófilas -roxas- pelo citoplasma: corpúsculos de Nissl). O aparelho de golgi se encontra ao redor do núcleo. As mitocôndrias se encontram em quantidade moderada, sendo abundantes no terminal axônico. Existem neurofilamentos, tanto no pericário, qto nas ramificações, tais filamentos qdo corados com impregnação de prata se aglutinam (deposição de prata metálica), formando as neurofibrilas (vísiveis ao microscópio óptico). Em alguns locais, existem grânulos de melanina cuja função ainda é desconhecida. Há também um outro pigmento encontrado a lipofucsina, que possui lipídeos, que se acumulam no decorrer do tempo e contem resíduos de material fagocitado pelos lisossomos.<br />FUNÇÃO: recebe e integra os estímulos.<br /><br />DENDRITOS:<br />Aumentam a superfície celular, tornando possível receber e integras impulsos vindos de terminais axônicos de outros neurônios.<br />A grande maioria dos impulsos que chegam são recebidos por pequenas projeções dos dendritos as chamadas gêmulas ou espinhas. Cuja as funções, são; início do processamento do impulso nervoso recebido; o que ocorre num complexo em que estão presentes diversas proteínas presas na superfície da membrana pós sináptica (região, em que ocorre a transmissão do impulso), essa membrana é denominada de membrana pós-sináptica. Além disso, as gêmulas dendríticas estão relacionadas com a adaptação, memória e aprendizado. Sua morfologia está baseada na proteína actina (que se relaciona com as sinapses e a adaptação funcional).<br /><br />AXÔNIOS:<br />Nasce de uma estrutura piramidal do pericário, denominada cone de implantação. Em axônios mielinizados, a parte entre o cone de implantação e a bainha de mielina e chamada de segmento inicial.<br />O segmento inicial recebe inúmeros estímulos e possuem mtos canais iônicos (importante na geração de impulsos nervosos).<br />Os axônios não possuem muitas ramificações como os dendritos; originam algumas ramificações em ângulo reto, denominadas ramificações colaterais (frequentes no SNC); a porção final do axônio possui muitas ramificações e recebe o nome de telodendro.<br />O citoplasma dos axônios é denominado axoplasma e possui poucas organelas, porém, existe um movimento mto ativo de moléculas e organelas pelo axônio. Existe o fluxo anterógrado, em que moléculas protéicas produzidas no pericário migram pelo axônio; e o fluxo retrógrado (de sentido contrário), que leva moléculas a serem reutilizadas no pericário além de material endocitado (importancia médica do fluxo retrógrado: utilizado no estudo de fibras nervosas, além de poderem levarem moléculas prejudiciais, tais como o vírus da raiva, para o SNC causando sério danos, como encefalites). Os fluxos axonais são realizadas por microtúbulos e proteínas motoras (as proteínas caminham nos microtúbulos), exemplos de proteínas: dineína (fluxo retrógrado) e cinesina (fluxo anterógrado), ambas funcionam pela quebra de ATP.<br /><br />POTENCIAIS DE MEMBRANA:<br />A célula nervosa possui canais (ou bombas) de íons, que os transportam para dentro e para fora do citoplasma.<br />A membrana do axônio (axolema) bombeia íons de sódio para o meio extracelular, mantendo uma concentração intracelular mto menor, já a concentração de potássio é mto maior no meio intracelular, assim existe uma diferença de potencial de -65mV, denominada potencial de repouso da membrana. Quando um neurônio sofre a ação de um estímulo, ocorre a abertura desses canais iônicos e consequentemente a entrada de sódio, o que modifica o potencial da membrana, que vai para +30mV, chamado potencial de ação (impulso nervoso), qdo chega nesse potencial ocorre o fechamento dos canais de sódio e abertura dos canais de potássio, que regularizam as concentrações, fazendo com que o potencial volte a ser o de repouso.<br />O Potencial de ação se propaga por toda a célula, e qdo chega as terminações do axônio, promove a saída dos neurotransmissores, responsáveis pela propagação do estímulo para outras células.<br />Aplicação médica: anestésicos locais, inibem a aberturas dos canais de sódio, o que bloqueia o impulso.<br /><br />COMUNICAÇÃO SINÁPTICA: responsável pela transmissão unidirecional do impulso nervoso.<br />SINAPSE: É uma região de contato entre neurônios com outros neurônios ou outras células, se constitui por um terminal axônico (terminal pré-sináptico) que traz o sinal, uma região na superfície de outra célula, onde se gera um outro sinal (terminal pós-sináptico) e um espaço entre esses dois terminais (fenda pós-sináptica). A sinapse de um axônio com o pericário é dita: axo-somática; e a de um axônio com um dendrito é: axo-dendrítica e entre dois axônios: axo-axônica.<br />Função da sinapse é transformar um sinal elétrico (impulso nervoso) em químico, o que ocorre através da liberação de neurotransmissores. Neurotransmissores são substancias que quando se combinam as proteínas receptoras da membrana pós-sináptica são capazes de influenciar a abertura ou o fechamento dos canais iônicos (a maioria deles são constituidos por aminas: neuropeptídeos), eles são sintetizados no pericário e armazenadas em vesículas no terminal pré-sináptico, sendo eliminadas por exocitose, através da união das membranas, a sobra de membranas é absorvida por endocitose, para a formação de novas vesículas. Existem também os neuromoduladores, que são mensageiros químicos, que não agem diretamente sobre as sinapses, mas mudam a sensibilidade dos neurônios aos estímulos sinápticos.<br />Além das sinapses químicas existe também as sinapses elétricas, em que as células nervosas se unem por junções comunicantes, possibiltando a passagem de íons.<br /></div><div>SEQUÊNCIA DAS ETAPAS DE TRANSMISSÃO NAS SINAPSES QUÍMICAS: a despolarização se propaga pela abertura dos canais de cálcio, que estimulam a exocitose dos neurotransmissores, que são liberados e captados na membrana pós sinaptica por receptores específicos, o que gera a despolarização da membrana pós sináptica e consequentemente o impulso nervoso. Esses neurotransmissores são eliminados por endocitose, degradação enzimática ou difusão rapidamente após seu uso.<br />As sinapses podem ser: exitatórias, que promovem o impulso nervoso, ou inibitórias que geram uma hiperpolarização e impedem o impulso nervoso.<br /><br />AS CÉLULAS DA GLIA E A ATIVIDADE NEURONAL: não se destacam bem na coloração histamina-eosina, aparecendo apenas seus núcleos, logo seu estudo morfológico é realiada por outros tipos de colorção, como as com impregnações de ouro e prata.<br />Realizam diversas funções entres as quais propiciar um bom ambiente extracelular aos neurônios.<br /></div><div>OLIGODENDRÓCITOS: responsáveis pela produção das bainhas de mielina, em axonios do SNC, um único oligodendrócito pode mielinizar vários neurônios através de seus prolongamentos.<br />CÉLULAS DE SCHIWANN: possuem a mesma função dos oligodendrócito, porém mielinizam neurônios do SNP, além de que uma célula de schiwann mieliniza apenas um axônio.<br /></div><div>ASTRÓCITOS: células estreladas com muitas ramificações, podem ser de dois tipos: astrócitos fibrosos: com prolongamentos poucos numerosos e mais longos (localizados na substancia branca), ou astrócitos protoplamáticos com uma maior número de prolongamentos, mais finos e mais curtos (encontrados na substancia cinza).<br />Funções: ligam os neurônios aos vasos sanguíneos e a pia-máter (camada fina de tecido conjuntivo que reveste o SNC), participam do controle iônico do meio extracelular, com isso conseguem regular diversas atividades dos neurônios. Possuem prolongamentos chamados de pés-vasculares que infiltram capilares sanguíneos e transferem moléculas e íons ao sangue.<br />Se comunicam por junções comunicantes, formando uma rede que podem interagir com outras células da glia, exemplo oligodendrócitos com a produção de mielina.<br />Aplicação médica: GLIOSE: preenchimento de espaços através da hiperplasia ou hipertrofia de astrócitos, devido a morte de neuronios do SNC.<br /></div><div>CÉLULAS EPENDIMÁRIAS: células epiteliais que revestem os ventrículos do cérebro além do canal central da medula espinhal. São ciliados em alguns locais, o que facilira a movimentação do líquido cefaloraquidiano.<br /></div><div>MICROGLIA: células pequenas e alongadas, que podem ser reconhecidas pela coloração HE pelo fato de seus núcleos serem escuros e alongados.<br />Funcionam como macrófagos, responsáveis pela fagocitação, participam do processo da inflamação e removem os restos celulares que surgem nas lesões do sistema nervoso central.:<br />Aplicação médica: na esclerose múltipla, as bainhas de mielina são destruídas, seus restos são fagocitados pelas células da microglia e digeridas por lisossomos.<br /><br />SISTEMA NERVOSO CENTRAL: composto por cérebro, cerebelo e medula espinhal. E quando cortados apresentam substancia branca (prolongamentos de axonios, oligodendrócitos e outras células da glia. Devido a presença de mielina) e cinza (pericário, parte inicial não mielinizada do axonio e células da glia). Na substancia cinzenta é onde ocorre as sinapses.<br />A substancia cinzenta predomina na superfície do cérebro e do cerebelo, formando o córtez cerebral e cerebelar. O córtex cerebral, possui seis camadas, diferenciadas pelos diferentes formatos dos seus neurônios; os neurônios de algumas dessas partes informam impulsos aferentes (recebem sensações) e em outras partes há a propagação de impulsos eferentes (motores), dessa forma o córtex cerebral coordena informações sensoriais e determinam respostas morotoras. Já o córtex cerebelar possui tres camadas: camada molecular (mais externa) onde estão presentes os neurônios das células de Purkinge; uma camada central, composta pelas células de Purkinge (grandes, vísiveis e com neurônios bem desenvolvidos e em formato de leque) e uma camada interna denominada granulosa, onde existem neurônios bem pequenos e compactados.<br />Já a medula espinhal, a substancia branca se localiza externamente, enquanto que a cinza é interna e em forma de H. O traço horizontal do H apresenta um orifício que nada mais é do que a luz do tube neural do embrião, esse orificio é o corte do canal central da medula e é revestido por células ependimárias. Os traços verticais do H, formam os cornos: anteriores, com neurônios motores e posteriores, que recebem fibras sensitivas.<br /><br />MENINGES: membranas de tecido conjuntivo, que envolvem o SNC. Existem 3 camadas:<br /></div><div>DURA-MATER: (mais externa), feita de tecido conjuntivo denso. Essas membrana é continua ao periósteo da caixa craniana, na medula espinhal, há um espaço entre a dura-mater e as vértebras, esse espaço é denominado espaço peridural, onde estão presentes: veias finas, tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo. O espaço de contato entre a dura-mater e a aracnóide podem rachar, o que gera acumulo de sangue no espaço sub-dural, apenas presentes em condições patológicas. Ela é revestida por um epitélio simples pavimentoso, de origem mesenquimal.<br /></div><div>ARACNÓIDE: possui duas partes, uma em forma de membrana, que está em contato com a dura-mater, e outra em forma de traves que penetram na pia-mater. Os espaços entre a pia-mater e a arcnóide são preenchidas por um líquido cefaloraquidiano, o espaço subaracnóideo é cheio desse líquido, que protege o SNC do traumas. É composta por um tecido conjuntivo sem vasos sanguíneos, e revestida pelo mesmo epitélio simples pavimentoso de origem mesenquimal da dura-mater. Possui também expansões que perfuram a dura-mater, que servem para tranferir o líquido céfalo-raquidiano para o sangue.<br /></div><div>PIA-MÁTER: do lado do tecido nervoso, porém não fica junto as células nervosas, já que existe uma barreira de astrócitos.É ,mto vascularizada, e os vasos sanguíneos pentram no tecido nervoso por meio de túneis de pia-mater, espaços peri-vasculares. Na face interna há prolongamentos dos astrócitos e na face externa há p revestimento por células achatadas originadas do mesenquima embrionário.<br /><br />BARREIRA HEMATOENCEFALÉTICA: barreira que dificulta a passagem de substancias nocivas do sangue ao tecido nervoso, ocorre devido a uma menor permeabilidade dos capilares sanguíneos do tecido nervoso.<br /><br />PLEXOS CORÓIDES:são dobras da pia-mater ricas em capilares, constituída de tecido conjuntivo frouxo, revestida por epitélio simples, cuja células são transportadoras de íons, Função: secreção do líquido céfalo raquidiano (LCR), importante para o metabolismo do SNC, além de proteger o mesmo contra choques mecânicos. É produzido de modo contínuo.<br />Aplicação médica: hidrocefalia: doença causada devido ao acúmulo do LCR, causada pela diminuição da sua absorção ou obstrução. Os sintomas são causados devido a pressão exercida sobre o córtez cerebral, além de outras estruturas nervosas. Se iniciada antes do nascimento, impede a sutura dos ossos cranianos, fazendo com que a cabeça aumente progressivamente, ocasionando, fraqueza muscular, retardo mental e convulsões.<br /><br />SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO: composto por gânglios, nervos e terminações nervosas.<br /></div><div>FIBRAS NERVOSAS: constituído por um axônio e suas bainhas envoltórias. Grupos de fibras nervosas formam os feixos do SNC ou os nervos do SNP.<br />Todos os axônios de um indivíduo adulto são revestidos por algum tipo de célula envoltória (SNC=oligodendrócito, SNP=céls de Schwann). As porções de membrana de célula envoltória que estão internamente ligadas ao axônio, e externamente ligadas à superfície da célula envoltória, são chamadas mesaxônios.<br /></div><div>FIBRAS MIELÍNICAS: a membrana da célula de schwann se enrola ao redor do axônio, formando várias camadas de membrana, que se fundem em um composto lipoproteico branco, a mielina. Essa bainha se interrompe em intervalos regulares, os ditos nódulos de Ranvier, o espaço entre dois nódulos é dito espaço internódulo e é ocupado por uma única cél de schwann. A espessura da bainha varia de acordo com a do axônio, porém é constante em toda sua extensão. Além disso há fendas em formas de cones, que são restos de citoplasma da cél envoltória, chamadas: incisuras de Schimidt-Lantermann.<br /></div><div>FIBRAS AMIELÍNICAS: tbm estão envolvidas por céls de schwann, mas apenas uma cél envolve várias fibras, e não ocorre a espiralação do axonio.<br />NERVOS: Agrupamento de fibras nervosas, sendo portanto esbranquiçado, devido a presença de mielina.<br />As fibras nervosas, possuem uma camada envoltória produzida pela própria célula de Schwann, constituída de fibras reticulares, o endoneuro. Recobrindo vários endoneuros encontra-se o perineuro, que são várias camadas de células justapostas e achatadas, que se unem por junções oclusivas, formando uma barreira importante na defesa contra macromoléculas. Recobrindo esses perineuros está o tecido de sustentação do nervo, o epineuro, composto por tecido conjuntivo denso.<br />Os nervos estabelecem comunicação entre os órgãos sensitivos e os efetuadores de resposta, podendo ser aferentes (sensitivos), eferentes (motores) ou ambos (maioria).<br /></div><div>GÂNGLIOS: acúmulo de neurônios localizados fora do SNC. São órgãos esféricos, protegidos por cápsulas conjutivas e associados a nervos; ou podem estar dentro de outros órgãos (ganglios intramurais). Conforme a direção do seu impulso, podem ser:<br /></div><div>GANGLIOS SENSORIAIS: recebem fibras aferentes (sensitivas), que levam informações para o SNC. Podem ser: Gânglios crânianos, associados aos nervos cranianos ou Gânglios espinhais: aglomerados de grandes corpos neuronais, com mtos corpúsculos de Nissl e células da glia, que no caso são denominadas células satélites. São pseudounipolares e protegidos por uma cápsula de tecido conjuntivo.<br /></div><div>GANGLIOS DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO: formações bulbosas ao longo do sistema nervoso autonomo, ou em outros órgãos (ganglios intramurais), os neuronios são geralmente multipolares e com aspecto estrelado.<br /><br />SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO: controla a musculatura lisa, o ritmo cardíaco e a secreção de algumas glândulas.<br />Sua função é manter o equilibrio do organismo (a homeostase), apesar do nome, sofre a influencia do SNC.<br />Anatomicamente é formado por aglomerados de fibras nervosas que saem do SNC e por ganglios nervosos situados no decorrer dessas fibras.<br />Formado por duas partes:<br />Sistema nervoso simpático: localizados na porção torácica e lombar da medula espinhal (tbm chamado de divisão toracolombar do sistema nervoso autonomo), mediados químico: noradrenalina.<br />Sistema nervoso parasimpático: localizado no encéfalo e na porção sacral da medula espinhal (divisão craniosacral do sistema autonomo), seu segundo neuronio, o efetuador, fica sempre próximo ao órgão efetuador, o mediador químico é a acetilcolina, que é rapidamente destruida pela acetilcolinesterase, por isso que seus estímulos são mais rápidos e breves que o do simpático.<br />Sempre que um órgão é inervado por esse sistema, ele recebe os dois ramos. Já que um inibe o outro.</div>Leticia Venoso Costahttp://www.blogger.com/profile/11024639174223002851noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6327433757917595023.post-79851191159386780962010-07-03T18:04:00.000-07:002010-07-03T18:31:50.276-07:00Tecido Muscular<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3gooL70gLOYRP8DIpS0qIO-KPHZyTRtlL8SvnOpxHlSJUFX6S3VECoB7UYxtGPbud-yI4FWOPA0RE57gkfVI-AAIW08EqWQ6ouiSxLJ7XcIoJBmmLpMMAwStAaYvsjlCNxJRP8Xsw_xY/s1600/11_28tipos.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5489856463179514194" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 177px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3gooL70gLOYRP8DIpS0qIO-KPHZyTRtlL8SvnOpxHlSJUFX6S3VECoB7UYxtGPbud-yI4FWOPA0RE57gkfVI-AAIW08EqWQ6ouiSxLJ7XcIoJBmmLpMMAwStAaYvsjlCNxJRP8Xsw_xY/s320/11_28tipos.jpg" border="0" /></a><br /><div>Constituídos por células alongadas, com grande quantidade de filamentos citoplasmáticos de proteínas contráteis (geradoras das forças necessárias para a contração do tecido, através da utilização de energia, principalmente, pela ATP). </div><div><br />Origem: mesodérmica, com diferenciação pela síntese de proteínas filamentosas com o alongamento das células. </div><div><br />Três tipos: </div><ul><li>músculo estriado esquelético, </li><li>músculo estriado esquelético cardíaco, </li><li>musculo liso. </li></ul><p>Nomes específicos: membrana celular: sarcolema; Citossol: sarcoplasma, retículo endoplasmático liso: retículo sarcoplasmático.<br /><br /><strong><span style="color:#ff0000;">MÚSCULO ESQUELÉTICO: </span></strong></p><p>células mto longas, cilindricas, multi nucleadas com muitos filamentos (miofibrilas), com mtos núcleos presentes na periferia da fibra, próximo ao sarcolema.<br /></p><p>Originária no embrião pela fusão de células alongadas (mioblastos).<br /></p><p>Aplicação médica: a variação do diâmetro e da espessura da célula depende de diversos fatores, dentre os quais idade, sexo, nutrição e exercício. A atividade continua de exercícios aumenta a musculatura, através da formação de novas miofibrilas e aumento do diametro das fibras musculares, o q ocorre por hipertrofia (aumento do volume) e hiperplasia (aumento do número de células, não é comum nas células do músculo estriado)<br /></p><p>Organização do músculo esquelético: composto por fibras musculares, em que cada fibra é envolvida pelo endomísio (lâmina basal da fibra muscular, associada a fibra reticular), as fibras se organizam em feixes, envolvidos pelo perimisio (septos de tecido conjuntivo), o conjunto de feixes é envolvido pelo epimisio (camada de tecido conjuntivo). Essa forte integração permite que a contração atue sobre o músculo todo, além disso é através do tecido conjuntivo que a contração do músculo se espalha para os tendões e tbm é por onde chegam os vasos sanguineos. A força de contração do músculo está relacionada pela quantidade de fibras estimuladas pelos nervos.<br />Organização das fibras musculares lisas; presença de estriações transversais, com alternancia de faixas claras (banda I) e escuras (banda A), no centro da banda I, há uma linha transversal escura, a linha . Assim como na banda A, há uma faixa clara, a banda H. A distancia entre duas linhas Z é denominada sarcômeros. Há a presença de filamentos finos de actina e grossos de miosina, organizados paralelo e simetricamente,essas são as miofibrilas, cujo o conjunto é preso ao sarcolema por meio de proteínas (ex.: distrofinas)<br /></p><p>Aplicação médica: distrofia muscular de Duchenne: problema muscular genético, ligado ao cromossomo X, causa lesões progressivas as fibras musculares, e a distrofina é defeituosa ou inexistente.<br /></p><p>Da linha Z, partem os filamentos finos (actina), que vão até a banda H, já os filamentos grossos (miosina), ocupam o centro do sarcômeros. Assim, a banda I é formada apenas pela actina, a banda A pela actina e a miosina e a banda H pela miosina. Na Região lateral da banda A, ocorre a ligação entre as miofibrilas, formação de um hexagono, uma miosina para 6 actinas.<br /></p><p>No músculo estriado existem quatro proteínas principais: actina, miosina, tropomiosina e troponina. Em que, filamento grosso = miosina, enquanto filamentos finos = outras tres.<br /></p><p>Actina: polímeros longos, formados pela união de duas cadeias de monomeros globulares, torcidas em hélice (lembra do colar de pérola, dobrado sobre ele mesmo e retorcido). Cada monomero possui uma região que é interage com a miosina.<br />Os filamentos de actina se acoplam a linha z, sendo que os acoplados a lados opostos, possuem polaridades opostas.<br /></p><p>Troponina: complexo com tres subunidades: TnT, TnC e TnI. A TnT, se liga a tropomiosina, a TnC, se liga ao Cálcio e a TnI cobre o sítio ativo da actina que interage com a miosina.<br />Miosina: bastão de 2 peptídios enrolados em hélice. Apresenta uma cabeça, com capacidade ATPásica (energia utilizada para a contração), é o local de união com a actina e prolongamento. Ela se dispõe de tal forma que seus prolongamento se sobrepoem (banda H).<br /><br />Retículo sarcoplasmático e sistema de túbulos transversais:<br />Contração muscular: depende do cálcio, contrai com o aumento da concentração e relaxa com a diminuição. O cálcio fica armazenado no retículo sarcoplasmático (REL), essa membrana é composta por canais de cálcio, que se despolarizam e se abrem, permitindo a migração do cálcio, que vão atuar na troponina (TnC), que realiza as pontes entre actina e miosina. Qdo acaba a despolarização, o cálcio volta para o retículo sarcoplasmático por processo ativo, o que interrope a contração.<br />A placa motora é responsável pela depolarização do retículo sarcoplasmático, que é uma junção mioneural situada na superfície da fibra muscular. A despolarização se difunde pelo sistema de túbulos transversais (sistema em T), uma rede de invaginações citoplasmáticas. Em cada lado de cada túbulo T, existe uma distenção de retículo endoplasmático sarcoplasmático = tríades.<br /><br />Mecanismo de contração:<br />Os filamentos finos e grossos não modificam seu tamanho durante a contração, o que ocorre é o deslizamento de um sobre o outro. Se inicia na faixa A (escura), local onde os filamentos se sobrepõem. Ocorre através da liberação de cálcio, que ativa que se combina ao TnC da troponina, o que muda a configuração da sua molécula, e empurra a molécula de tropomiosina para dentro da actina, assim ficam expostos os locais de ligação entre miosina e actina e ocorre uma ligação entre as cabeças de actina e miosina, através de um deslizamento da miosina que empurra a actina, esse processo desenvolve uma reação em cadeia, e tal ligação só se desfaz depois que a miosina se une a outra molécula de ATP, que retorna a cabeça da miosina para sua posição inicial. A atividade contrátil cessa qdo acaba a entrada do cálcio na troponina. Durante a contração a banda I diminui de tamanho, pq os filamentos de actina penetram na banda A. Assim como a Banda H tbm diminui, devido a sobreposição dos filamentos finos aos grossos. Sendo assim, toda a fibra muscular sofre um encurtamento.<br /><br />Inervação:<br />Contração: comandada por nervos motores. No local de contato com a fibra muscular o nervo motor perde sua bainha de mielina e forma uma dilatação que se coloca dentro de uma depressão da superfície da fibra muscular (placa motora). Como ocorre: uma fibra do nervo motor recebe um impulso nervoso, assim o terminal axônico libera acetilcolina, que se difunde através da fenda sináptica e vai se prender nos receptores situados no sarcolema, isso o torna mais permeável ao sódio, resultando na despolarização do sarcolema. A acetilcolina é rapidamente destruída, para evitar uma grande exposição do neurotransmissor com os receptores do sarcolema. Essa depolarização se propaga ao longo da fibra e penetra através dos túbulos transversais, essa despolarização resulta na liberação dos canais de calcio, mecanismo usado na contração. Qdo termina a depolarização cessa a abertura dos canais de cálcio, cessando a contração.<br />Uma fibra motora é composta de uma fibra nervosa mais as fibras musculares por ela inervadas, ela não é capaz de controlar sua contração (equivalente a lei do tudo ou nada nos neurônios), a variação da força da contração está relacionada ao número de fibras que se contraem. O disparo de uma única célula nervosa determina uma contração cuja a força é proporcional ao número de fibras musculares por ela inervadas, esse número tem relação com a delicadesa do músculo analisado.<br /><br />Fusos musculares e corpúsculos tendíneos de Golgi:<br />Fusos musculares são receptores que captam modificações no próprio músculo, composto por uma cápsula de tecido conjuntivo que delimita um espaço contendo fluido e fibras musculares modificadas. Células neurônais sensitivas penetram nesses fusos onde encaminham para a medula informações do mesmo.<br />Os corpúsculos tendíneos de golgi são estruturas localizadas na inserção do músculo ao tendão, e são compostas de fibras de colágeno encapsuladas, onde penetram células sensitivas.<br /><br />Sistema de produção de energia:<br />Como as células musculares esqueléticas estão aptas a um trabalho mecânica contínuo, elas necessitam de energia , obtida através de reservatórios de ATP e fosfocreatona, ambas localizadas nos depósitos sarcoplasmáticos de gliocogênio.<br />Qdo a atividade for intensa, pode haver insuficiência de oxigênio, assim a célula recorre ao metabolismo anaeróbio da glicose, que produz ácido lático. O excesso de ácido lático proporciona cãibras e dor muscular.<br />As fibras musculares energéticas podem ser do tipo I (fibras lentas), ricas em sarcoplasma contendo mioglobina, com cor vermelho-escura, adaptadas a contrações continuas, com enrgia obtida através da metabolização dos ácidos graxos. Ou do tipo II (fibras rápidas), especializadas em contrações rápidas e descontínuas, possuem pouca mioglobina, logo apresentam cor vermelho-clara, pode ser subdividade em IIA, IIB, IIC, de acordo com suas características funcionais e bioquímicas (IIB são as mais rápidas e dependem da glicólise como fonte de energia). Tais subdivisões são importantes para a caracterização das doenças musculares (miopatias)<br /><br />Outros componentes do Sarcoplasma:<br />Grânulos de glicogenio, servem como depósito de energia.<br />Mioglobina: prteína parecida com a hemoglobina, depósito de oxigênio dessas células.<br />Pequena quantidade de RER e ribossomos, devido a pequena capacidade sintética proteica dessas fibras.<br /><br /><strong><span style="color:#ff0000;">Músculo cardíaco:<br /></span></strong>As fibras desse tipo de músculo se associam por intermédio de complexas junções intercelulares, os discos intercalares, com um aspecto de escada. Nesses discos há tres especializações juncionais: a zônula de adesão, especializações de membranada parte transversal dos discos, presentes tbm na parte lateral e serve para ancoras os filamentos de actina dos sarcômeros terminais; desmossomos: unem as células musculares cardíacas; junções comunicantes: responsável pela continuidade iônica entre as células musculares vizinhas. Possuem apenas um ou dois núcleos centralmente localizados e são circundado por uma bainha de tecido conjuntivo, com uma abundante rede de capilares sanguíneos. Os túbulos T se localizam na banda Z, e exite apenas uma expansão do restículo sarcoplasmático por tubulo T (díades). Contém mtas mitocôndrias (alto metabolismo energético), armazena ácidos graxos sob a forma de triglicerídeos, possui um pequeno reservatório de glicogênio. Pode apresentar grânulos de lipofuscina. Possuem grânulos secretores, próximo ao núcleo, nesses grânulos estão presentes a molécula precursora do hormônio (ou peptídeo) atrial natriurético (ANP), atua nos rins, aumentando a eliminação de sódio e água pela urina, tal hormônio atua na diminuição da pressão arterial.<br /><br /><strong><span style="color:#ff0000;">Músculo liso: </span></strong><br />Formado pela associação de células longas, mais espessas no centro e que se afilam nas extremidades, com um único núcleo central. Elas são revestidas por uma lâmina basal e unidas por uma rede de fibras reticulares, que são responsáveis pela difusão da contração por todo o músculo. Seu sarcolem apresenta mtas depressões (cavéolas), que são depósitos de cálcio, utilizado para iniciar uma contração, entre as células existem junções que transmitem o impulso de uma célula a outra. Apresentam corpos densos (responsáveis pela difusão da contração).<br />O mecanismo molecular de contração do músculo liso é diferente, não existem sarcômeros nem tropomina, os filamentos de miosina só se formam no momento da contração. Como ocorre: o estímulo é dado pelo sistema nervoso autônomo, que realizam a saída do cálcio das cavéolas para o sarcoplasma (não existe retículo sarcoplasmático nos músculos lisos). Os íons de cálcio se combinam com moléculas de calmodulina, que ativa a enzima cinase e fosforila a miosina, assim elas se distendem e adquirem uma forma filamentosa, deixando descoberto a sítio que se liga ao ATP e se combina com a actina, a ligação promove a deformação da cabeça da miosina e o deslizamento da actina sobre a miosina. Essas proteínas, estão ligadas a filamentos intermediários, que se prendem aos corpos densos. o que provoca a contração muscular geral.<br />Existem outros fatores (além do cálcio), que estimulam a contração do músculo liso, exemplo: aumento sarcoplasmático de AMP-cíclico, que ativa a cinase; hormônios sexuais atuam dessa maneira sobre o útero.<br />A célula muscular lisa pode sintetizar colágeno tipo III, fibras elásticas e proteoglicanos, do em intensa atividade sintética apresentam o RER desenvolvido.<br />Recebe fibras do SN simpático e parassimpático, mas não existe placas motoras. Os axônios apenas formam dilatações entre as vesículas sinápticas com neurotransmissores (acetilcoline ou noradrenalina).<br /><br />Regeneração do tecido muscular:<br />O músculo cardíaco não se regenera, as partes destruidas são substiuídas por fibroblastos que produzem fibras colágenas, formando uma cicatriz de tec conjuntivo denso.<br />As fibras musculares esqueléticas apresentam uma pequena capacidade de restituição devido a presença de células satélites, consideradas mioblastos inativos, após uma lesão elas se tornam ativas, e se fundem para formar uma fibra muscular.<br />O músculo liso possui uma boa capacidade de regeneração, pois as células continuam com a capacidade de se dividir. Há tbm a presença dos pericitos que se multiplicam por mitose e originam novas células musculares lisas.</p>Leticia Venoso Costahttp://www.blogger.com/profile/11024639174223002851noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6327433757917595023.post-83668769461522249142010-07-03T18:01:00.000-07:002010-07-03T18:21:09.490-07:00Tecido ConjuntivoOriginado do mesênquima, tecido embrionário, originado da mesoderme.<br />Responsável pelo estabelecimento e manutenção das formas do corpo .<br />Estruturalmente é dividido em três classes: células, fibras e substancia fundamental (complexo viscoso, hidrofílico, com macromoléculas e glicoproteínas, que se ligam a proteínas receptoras presentes na superfície de células.<br />Papéis biológicos: reserva para vários hormônios, a matriz serve como um meio através do qual nutrientes e catabólitos são trocados entre as células e seu suprimento sanguíneo .<br />A variação da quantidade do seus três componentes culmina na sua diversidade estrutural, funcional e patológica .<br /><br /><strong>Células do tecido conjuntivo:<br /></strong><br />· <em>Fibroblastos</em>: (mais comuns)<br />Sintetizam proteínas, glicosaminoglicanos, proteoglicanos e glicoproteínas, que farão parte da matriz extracelular.<br />Estão envolvidas na produção de fatores de crescimento, controlando o crescimento e a diferenciação celular.<br />São divididos em dois tipos, conforme o metabolismo, se possuem grande capacidade de síntese, é denominado fibroblasto, já as células com baixo metabolismo são os fibrócitos.<br />Características morfológicas do fibroblasto: citoplasma abundante e rico em RER e com sistema golgiense bem desenvolvido, muitos prolongamentos.<br />Características morfológicas dos fibrócitos: tamanho menor, com poucos prolongamentos e núcleo menor.<br />Aplicação médica: A capacidade regenerativa dos tecidos conjuntivos é observada quando os tecidos são destruídos por lesões traumáticas, já que em espaços deixados pela lesão o preenchimento é executado por tecido conjuntivo . A principal célula envolvida na cicatrização é o fibroblasto, sabe-se também, que com estímulos adequados os fibrócitos revertem para o estado de fibroblasto, reativando seu processo de síntese. Na reparação de tecidos surgem células conhecidas como miofibroblastos, que exibem características dos fibroblastos e de células musculares lisas, assim, com a sua capacidade contrátil, eles atuam no fechamento das feridas.<br /><br />· <em>Macrófagos e o sistema fagocitário mononuclear:</em><br />Macrófagos são células capazes de realizar fagocitose.<br />Características morfológicas: apresentam núcleo oval ou em forma de rim, apresenta um complexo de Golgi bem desenvolvido, muitos lisossomos e um RER.<br />Surgem de células da medula óssea, denominadas monócitos, esses circulam no sangue, e penetram no tecido conjuntivo, onde amadurecem e adquirem as características morfológicas dos macrófagos, esse processo de transformação culmina num aumento da célula e em um aumento na síntese de proteínas.<br />Os macrófagos constituem o Sistema Fagocitário Mononuclear<br />Aplicação médica: quando estimulados os macrófagos, se tornam macrófagos ativados, aumentam de tamanho e se associam em grupos, denominados epitelióides, ou ainda, várias células podem se fundir, formando células gigantes de corpo estranho . Os macrófagos atuam como elementos de defesa, como células secretoras de substancias que participam nas funções de defesa e reparo dos tecidos, participam do processo de digestão parcial e da apresentação de antígenos, da defesa imunológica (resistência mediada por células), na produção extra-hepática da bile, do metabolismo de gordura e ferro, na destruição de eritrócitos envelhecidos e na remoção de restos celulares.<br /><br /><em>· Mastócitos:<br /></em>Características morfológicas: célula globosa, com citoplasma repleto de grânulos, núcleo pequeno e esférico, apresenta grânulos secretores e contem mediadores químicos como a histamina e glicosaminoglicanas.<br />Funções: colaboram com reações imunes, possuindo papel fundamental em inflamações, reações alérgicas e expulsão de parasitas.<br /><br />Existem dois tipos de mastócitos:<br /><br />1. Mastócito do tecido conjuntivo: encontrado na pele e na cavidade peritoneu, possuem grânulos com substância anticoagulante e heparina .<br /><br />2. Mastócito da mucosa: presente na mucosa intestinal e pulmões, grânulos com condroitim sulfatado no lugar da heparina .<br /><br />Origem: células hematopoiéticas da medula óssea, os mastócitos imaturos circulam pelo sangue, onde penetram nos tecidos através de capilares sanguíneos para daí sim se diferenciar.<br />Aplicação médica: os mastócitos apresentam mediadores químicos que são liberados em reações alérgicas, a esse processo se denomina reações de hipersensitividade imediata, já que ocorrem dentro de pouco tempo após a entrada do antígeno, isso ocorre em indivíduos previamente sensibilizados pelo mesmo antígenos. Essa reação de hipersensitividade pode gerar o choque anafilático .<br /><br />· <em>Plasmócitos: </em><br />Características morfológicas: citoplasma rico em RER, complexo de golgi (onde ocorre a glicosilação dos anticorpos -glicoproteínas-) e centríolos localizados próximos ao núcleo, que por sua vez é esférico e central.<br />São pouco números no tecido conjuntivo normal, exceto em locais sujeito a penetração de bactérias e proteínas estranhas, estão em grande quantidade nas inflamações crônicas.<br /><br />·<em> Células adiposas</em>: especializadas no armazenamento de energia na forma de triglicérides.<br /><br />· <em>Leucócitos ou glóbulos brancos:</em><br />Surgem do sangue por migração (diapedese), através dos capilares sanguíneos. A diapedese aumenta conforme a invasão de microorganismos, já que os leucócitos são células especializadas na defesa contra microorganismos.<br />A inflamação é uma reação celular e vascular contra substancias estranhas, os sinais clássicos de uma reação inflamatória são: vermelhidão, inchaço, calor e dor. A inflamação se inicia através da liberação local de mediadores químicos da inflamação, que induzem a eventos característicos da inflamação, como por exemplo: aumento do fluxo sanguíneo e permeabilidade vascular, quimiotaxia e fagocitose.<br /><br /><em>Fibras:<br /></em>Formadas por proteínas, que ao se polimeralizar, formam estruturas muito alongadas, essencial para determinar as propriedades do tecido conjuntivo .<br />Os três tipos principais de fibras do tecido conjuntivo, são: colágenas, reticulares e elásticas.<br /><br />Existem dois sistemas de fibras:<br /><br />1. Sistema colágeno: constituído por fibras colágenas e reticulares.<br /><br />2. Sistema elástico: constituído pelas fibras elásticas, elaunínicas e oxitalânicas.<br /><br />· O colágeno é um conjunto de proteínas, que pode ser dividido em vários tipos de acordo com a sua rigidez, suas proteínas são produzidas por diferentes tipos de células e se distinguem pela sua composição química, características morfológicas, distribuição, funções e patologias. A estrutura e função dos colágenos está classificada em:<br /><br />3. Colágenos que formam fibrilas longas: as moléculas de colágeno com essa capacidade são as do tipo: I, II, III, V, IX, que se unem para formar as fibrilas. O colágeno do tipo I é o mais abundante, ele ocorre como estruturas denominadas fibrilas de colágenos, que formam ossos, dentina, tendões, etc.<br /><br />4. Colágenos associados a fibrilas: são estruturas curtas que ligam as fibrilas de colágeno umas às outras e a outros componentes da matriz extracelular, características dos colágenos tipo IX e XVII.<br /><br />5. Colágeno que forma rede: é um dos principais componentes estruturais das laminas basais, com papel de aderência e filtração .<br /><br />6. Colágeno de ancoragem: é o do tipo VII, presente nas fibrilas que ancoram as fibras de colágeno à lamina basal.<br /><br />· <em>Síntese de colágeno</em>:<br />As fibrilas do colágeno são formadas pela polimerização de unidades moleculares alongadas denominadas tropocolágeno, que consiste em três cadeias polipeptídicas arranjadas em tripla hélice, os vários tipos de colágeno resultam de diferenças na estrutura e diferenças na estrutura química dessas cadeias polipeptídicas. Nos colágenos tipos I, II, III as moléculas de tropocolágenos se agregam em subunidades (microfibrilas) que se unem para formas as fibrilas. A união dessas moléculas é realizada por pontes de hidrogênio e interações hidrofóbicas, além de ligações covalentes.<br />As fibrilas de colágeno são estruturas finas e alongadas, possuem estriações transversais determinada pela sobreposição de moléculas de tropocolágeno, as faixas escuras resulta da presença de aminoácidos ricos em radicais químicos livres.<br />Nos colágenos tipos I e III essas fibrilas se unem para formar fibras, enquanto que no colágeno tipo II não há a formação de fibras. No colágeno tipo IV não se formam nem as fibrilas, as moléculas de tropocolágeno se associam de uma forma peculiar, numa trama que lembra uma “tela de galinheiro”.<br /><br />· <em>Biossíntese do colágeno tipo I</em>:<br /><br />Etapas:<br /><br />1. De acordo com a codificação do RNAm, polirribossomos ligados a membrana do RER sintetizam cadeias polipeptídicas (préprocolágeno), após a liberação dessa cadeia no RER, o peptídeo sinal é quebrado, formando o procolágeno .<br /><br />2. A medida que estas cadeias (alfa) se formam, ocorre a hidroxilação de prolinas e lisinas, esse processo se inicia logo que o preprocolágeno atinge determinado tamanho, enzimas envolvidas nesse processo: prolina hidroxilas e a lisina hidroxilas.<br /><br />3. Após o processo da hidroxilação ocorre a glicosilação, diferentes tipos de colágeno possuem diferentes tipos de glicosilação<br /><br />4. Cada cadeia alfa é sintetizada com dois peptídeos de registro em cada uma das suas extremidades, uma das funções desses peptídeos de registro é alinhar as cadeias peptídicas para formar a tripla hélice na formação da molécula de procolágeno, que é excitado para a matriz extracelular.<br /><br />5. No meio extracelular os peptídeos de registro são removidos, sem os peptídeos a molécula passa a se chamar de tropocolágeno, capaz de se polimerizar para formar as fibrilas de colágeno<br /><br />6. Nos colágenos tipo I e III, as fibrilas se agregam espontaneamente para formar fibras.<br />Aplicação médica: há um grande número de condições patológicas associadas a uma síntese ineficiente ou anormal do colágeno, como a Osteogenesis imperfecta (mutação nos genes da cadeia alfa, causando uma fibrila de colágeno defeituosa). Doenças que resultam do acúmulo exagerado de colágeno (fibrose), causa grave transtorno funcional dos órgãos afetados, outro tipo de fibrose causa o espessamento localizado na pele, devido a um acúmulo excessivo de colágeno que se forma nas cicatrizes(quelóides), que quase sempre reaparecem após serem removidos. Deficiência em vitamina C leva ao escorbuto, degeneração do tecido conjuntivo e há produção de colágeno defeituoso (pelos fibroblastos).<br />A renovação do colágeno é muito lenta, para tal é necessário haver primeiro sua total degradação .<br /><br />·<em> Fibras de colágeno tipo I</em>:<br />São as mais numerosas no tecido conjuntivo, possuem cor branca (por isso que os tendões são brancos).<br />Composição: moléculas alongadas dispostas paralelamente.<br />Características morfológicas: estruturas longas e com percursos sinuosos, em alguns pontos essas fibras se organizam paralelamente formando feixes de colágeno .<br /><br />· <em>Fibras reticulares</em>:<br />Compostas por colágeno tipo III, extremamente finas e com afinidade por sais de prata .<br /><br />· <em>O sistema elástico:</em><br />Composto por três tipos de fibras: oxitalânica, elaunínica e elástica . O desenvolvimento do sistema se dá por três estágios:<br /><br />1. Fibras oxitalânicas (sem elasticidade) consistem em feixes de microfibrilas compostas por glicoproteínas, entre as quais a fibrilina, que formam a base necessária para a deposição de elastina (produzida nos fibroblastos e em células do músculo liso dos vasos sanguíneos).<br /><br />2. Ocorre a deposição irregular da proteína elastina entre as miofibrilas, formando as fibras elaunínicas.<br /><br />3. A elastina continua a se acumular e a ocupar todo o centro do feixe, daí está formado as fibras elásticas. Em fibras elásticas maduras a grande concentração de elastinas.<br />Aplicação médica: Sindrome de Marfan: falta de resistência dos tecidos ricos em fibras elásticas.<br /><br /><em>Substancia fundamental:<br /></em>Mistura complexa altamente hidratada de moléculas aniônicas (glicosaminoglicanas e proteoglicanas) e glicoproteínas multiadesivas.<br />Preenche o espaço entre as células e fibras de tecido conjuntivo, atua como lubrificante e como barreira contra a penetração de microorganismos invasores.<br />Glicosaminoglicanas são polímeros lineares formados por unidades repetidas de dissacarídeos, tais cadeias são ligadas a um eixo protéico e formam a molécula de proteoglicana, essas moléculas possuem a capacidade de formar pontes eletrostáticas (iônicas), atraindo uma espessa camada de água de solvatação que envolve a molécula, assim eles possuem a capacidade de serem altamente viscosos e preenchem um volume muito maior, podem se localizar em grânulos citoplasmáticos de células, além de atuarem como componente estruturais da matriz extracelular e de ancorar células a matriz, tanto as proteoglicanas de superfície como aqueles da matriz extracelular se ligam a fatores de crescimento .<br />Glicoproteínas multiadesivas: proteínas ligadas a cadeias de glicídios, porém é o componente protéico que predomina nestas moléculas, ajudam as células a se aderirem aos seus substratos, além de desempenhar um importante papel na interação entre células.<br /><br /><em>Fluido tissular:</em> semelhante ao plasma sanguíneo . Formado pelo sangue, que traz até o tecido conjuntivo nutrientes necessários e volta com excretas do metabolismo celular, isso é feito através do transporte de água, porém, a quantidade de água que volta para o sangue não é a mesma, assim parte volta através dos vasos linfáticos (com fundo seco), que drenam essa água para o vaso sanguíneo, há um delicado equilíbrio em relação a quantidade de água no meio intra e extracelular, sendo assim esse equilíbrio é rompido em situações patológicas, como as provenientes do edema, causas: obstrução de ramos venosos ou linfáticos, diminuição do fluxo sanguíneo, insuficiência cardíaca, obstrução de vasos linfáticos, parasitos, desnutrição protéica .<br /><br /><strong><span style="color:#993300;">Tipos de tecido conjuntivo: </span></strong><br /><br /><strong>· Tecido conjuntivo propriamente dito:<br /></strong><br /><em><strong>1. Tecido conjuntivo frouxo: </strong></em><br />suporta estruturas normalmente sujeitas a pressão e atritos pequenos, muito comum, preenche espaços entre grupos de células musculares, suporta células epiteliais e forma camadas em torno dos vasos sanguineos. Contém todos os elementos estruturais do tecido conjuntivo, sem nenhuma predominância, possui consistência delicada e flexível.<br /><br /><strong><em>2. Tecido conjuntivo denso:</em></strong><br /> adaptado para oferecer resistência e proteção aos tecidos, com menos células que o frouxo e predomínio de fibras colágenas, menos flexível e mais resistente a tração, dois tipos:<br /><br />Não modelado: feixes sem uma orientação definida, encontrado na derme profunda da pele.<br /><br />Modelado: feixes de colágeno paralelos uns aos outros e alinhados com fibroblastos, as fibras de<br />colágenos formadas respondem a tração exercida por um só sentido, ex.: tendões. Os feixes de colágeno dos tendões (feixe primário) se agregam em feixes maiores (feixes secundários), entre ele há a presença de um líquido que atua como lubrificante, facilitando o deslizamento do tendão .<br />· Tecido elástico: Feixes espessos e paralelos de fibras elásticas, entres as fibras há fibras de colágeno e fibroblastos achatados, possui uma cor amarelada e grande elasticidade, presente nos ligamentos amarelos da coluna vertebral e no ligamento suspensor do pênis.<br /><br />· Tecido reticular: muito delicado, forma uma rede tridimensional que suporta as células de alguns órgãos, constituído por fibras reticulares, ligadas a fibroblastos especiais, denominados células reticulares, essas células estão dispostas ao longo da matriz e cobrem parcialmente com seus prolongamentos as fibras reticulares, o resultado dessa organização é a formação de uma estrutura trabecular, há também células do sistema fagocitário dispersas entre as trabéculas.<br /><br />· O tecido mucoso é de consistência gelatinosa, as principais células são fibroblastos, principal componente do cordão umbilical.<br />.<br />.<br />.<br />ESTUDO DIRIGIDO<br /> .<br />TECIDO CONJUNTIVO – CÈLULAS<br /> 1. Quais são os tipos celulares encontrados no tecido conjuntivo propriamente dito?<br />2. Quais desses tipos celulares surgiram com o tecido conjuntivo?<br />3. Quais tipos celulares migram para o tecido conjuntivo já formado? De onde eles vêm?<br />4. Fibroblastos e fibrócitos correspondem ao mesmo tipo celular?<br />5. Quais são as funções de fibroblastos e fibrócitos?<br />6. Compare a morfologia de fibroblastos e fibrócitos.<br />7. Essas diferenças morfológicas são atribuídas a qual fator?<br />8. Fibrócitos podem retornar à morfologia de fibroblastos? Em que situação isso ocorre?<br />9. Os macrófagos derivam de qual tipo celular? Onde se origina a célula precursora dos macrófagos?<br />10. Cite as características morfológicas dos macrófagos.<br />11. Os macrófagos dos tecidos podem proliferar?<br />12. Quais são as funções dos macrófagos?<br />13. O que são macrófagos ativados?<br />14. Qual a origem dos mastócitos?<br />15. Quais são as características morfológicas dos mastócitos?<br />16. Quais são as funções dos mastócitos?<br />17. Quais são os constituintes dos grânulos dos mastócitos?<br />18. Quais são as funções das seguintes substâncias liberadas pelos mastócitos: heparina, histamina e ECF-A?<br />19. Em que situação os mastócitos liberam o conteúdo dos seus grânulos de secreção?<br />20. O que há na superfície dos mastócitos? Qual a função desses elementos?<br />21. Onde os mastócitos são particularmente abundantes?<br />22. Os mastócitos são células de defesa do organismo, porém, podem ser causadores de reações de hipersensibilidade imediata, sendo o choque anafilático a reação mais grave. Qual a atuação dos mastócitos na ocorrência do choque anafilático?<br />23. Qual a origem dos plasmócitos?<br />24. Cite as características morfológicas dos plasmócitos.<br />25. Qual a função dos plasmócitos?<br />26. Quais são os tipos de leucócitos que podem ser encontrados no tecido conjuntivo?<br />27. Os leucócitos chegam ao tecido conjuntivo através de qual mecanismo?<br />28. Os leucócitos retornam ao sangue após terem residido no tecido conjuntivo?<br /> .<br />TECIDO CONJUNTIVO – MATRIZ EXTRACELULAR (MEC)<br /><br />OBS: Ler os textos em azul (“aplicação médica”). Esses textos trazem patologias relacionadas às proteínas que formam as fibras da matriz extracelular do tecido conjuntivo.<br /><br />1. Quais são os tipos de tecido conjuntivo encontrados no organismo?<br />2. Quais são os três componentes do tecido conjuntivo?<br />3. Quais desses componentes constituem a matriz extracelular?<br />4. Quais são as funções da matriz extracelular do tecido conjuntivo?<br />5. Qual a origem dos tecidos conjuntivos?<br />6. Quais são os três tipos principais de fibras do tecido conjuntivo propriamente dito?<br />7. Qual é a proteína que constitui as fibras colágenas e reticulares?<br />8. Todo colágeno encontrado no organismo é igual?<br />9. Os colágenos podem ser divididos em grupos. Quais são eles? Cite exemplos de localização.<br />10. Diferencie fibrila colágena de fibra colágena.<br />11. Quais são os tipos de colágeno capazer de formar fibra? Onde são encontrados?<br />12. Qual é o tipo de colágeno que forma apenas fibrila? Onde é encontrado?<br />13. Que tipo de colágeno não forma fibrila nem fibra? Onde é encontrado?<br />14. Na biossíntese do colágeno, qual fator aumenta a possibilidade da ocorrência de defeitos?<br />15. Em geral, a renovação do colágeno é lenta ou rápida? Exemplifique.<br />16. Qual é o tipo específico de enzima que promove a degradação dos colágenos?<br />17. Qual é o tipo de fibra mais abundante no organismo? Essas fibras são formadas por qual proteína, especificamente?<br />18. A que se deve a cor branca dos tendões?<br />19. O que é um feixe de colágeno?<br />20. Quais são as características das fibras colágenas?<br />21. Qual é a propriedade tintorial das fibras colágenas (acidófilas ou basófilas)?<br />22. As fibras colágenas quando são coradas por HE (hematoxilina-eosina) apresentam afinidade por qual desses corantes? Que cor apresentam após a coloração?<br />23. Especifique qual proteína constitui as fibras reticulares.<br />24. As fibras reticulares são mais grossas ou mais finas que as fibras colágenas?<br />25. Por que essas fibras foram denominadas “reticulares”?<br />26. As fibras reticulares são evidenciadas quando coradas por HE? Como podemos observá-las?<br />27. Em que locais do organismo as fibras reticulares são particularmente abundantes?<br />28. Quais são os elementos que constituem o sistema elástico de fibras?<br />29. Durante seu processo de formação, qual a relação entre as fibras oxitalânicas, elaunínicas e elásticas?<br />30. Qual é a principal proteína constituinte das fibras elásticas?<br />31. Quais são as características das fibras oxitalânicas? Onde são encontradas?<br />32. Quais são as características das fibras elásticas? Onde são encontradas?<br />33. Quais são os principais tipos celulares produtores de elastina no organismo?<br />34. Onde é possível encontrar a proteína elastina no organismo, sem que esteja formando fibras?<br />35. Quais são os elementos constituintes da substância fundamental amorfa (SFA) do tecido conjuntivo?<br />36. Onde se distribui a SFA em um tecido?<br />37. Quais são as propriedades da SFA?<br />38. Quais são as funções da SFA?<br />39. Proteoglicanas são moléculas que se assemelham a escova de lavar mamadeira: o centro corresponde ao eixo protéico e as cerdas correspondem às glicosaminoglicanas (GAGs). As GAGs atuam como poliânions. Qual a importância desse fato?<br />40. O que é água de solvatação?<br />41. Quais são as funções das proteoglicanas da SFA?<br />42. Quais são as funções das glicoproteínas da SFA?<br />43. Dê 2 exemplos de glicoproteínas.<br />44. Qual é a importância da integrina (uma proteína integral da membrana celular)?<br />45. Após analisar a figura 5.39 (10a. edição – Histologia – Junqueira e Carneiro) sobre o movimento dos fluidos através do tecido conjuntivo e ler a descrição do processo no texto, responda:<br />a.) Qual é a importância dos vasos linfáticos nesse processo?<br />b.) O que é edema?<br />46. Cite as possíveis causas de um edema.Leticia Venoso Costahttp://www.blogger.com/profile/11024639174223002851noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6327433757917595023.post-37989709742149775252010-07-03T17:51:00.000-07:002010-07-03T18:00:51.800-07:00Tecido Cartilaginoso<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiG_M_MFhU03gtfLSztfG3Dspr_NY2MHsjQUPKfm2ugZ-fpSQ58wA1OPXs-I2ghRaQY5S3oMTBxWS7_X6PGj58GbYpiiC-Q358L9JHXZZQfNEKl3HsYake0zTFh1U2CsWY2ecqOk7fZAxA/s1600/index122.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5489849699497654482" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 133px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiG_M_MFhU03gtfLSztfG3Dspr_NY2MHsjQUPKfm2ugZ-fpSQ58wA1OPXs-I2ghRaQY5S3oMTBxWS7_X6PGj58GbYpiiC-Q358L9JHXZZQfNEKl3HsYake0zTFh1U2CsWY2ecqOk7fZAxA/s320/index122.gif" border="0" /></a><br /><div>Forma especializada do tecido conjuntivo, desempenha a função de suporte de tecidos moles, reveste superfícies articulares, onde absorve choques, e facilita o deslizamento entre ossos e articulações, é essencial para o crescimento de ossos longos.<br />Suas células, são denominadas condrócitos, possuem abundante material extracelular, que constitui a matriz (formada por: colágeno, colágeno e elastina, em associação com macromoléculas de proteoglicanas, ácido hialurônico e diversas glicoproteínas), as cavidades da matriz ocupadas pelos condrócitos são denominadas lacunas. A estrutura da matriz está relacionado com a função do tecido . A consistência firme da cartilagem se deve as ligações eletrostáticas entre glicosaminoglicanas sulfatadas e o colágeno, e à grande quantidade de moléculas de águas presas nas glicosaminoglicanas (água de solvatação), não há vasos sanguíneos no tecido cartilaginoso, que portanto, é nutrido pelos capilares sanguíneos envolventes (pericôndrio), as cartilagens que revestem superfícies móveis não possuem pericôndrio, logo recebem nutrientes pelo líquido sinovial das cavidades articulares.</div><br /><div><br /><span style="color:#ff6666;"><strong>Classificação das cartilagens:</strong></span></div><br /><div><br />· <span style="color:#330099;">Cartilagem hialina:</span><span style="color:#3333ff;"><br /></span>Tipo mais freqüente, forma o primeiro esqueleto do embrião (que depois é substituído pelo ósseo).<br />Está presente nos ossos longos, entre a diáfise e a epífise, na forma de um disco epifisário, que é responsável pelo crescimento do osso em extensão .<br />No adulto é encontrada principalmente nas fossas nasais, traquéia, brônquios, extremidade ventral das costelas, recobrindo as superfícies articulares dos ossos longos (pois proporciona grande mobilidade).</div><br /><div><br />1. <span style="color:#000000;"><em>Matriz</em></span>:<br />A cartilagem hialina é forma por colágeno tipo II associados a ácido hialurônico, proteoglicanas (glicosaminoglicanas combinadas por covalência a proteínas) muito hidratas e glicoproteínas (estrutural: condronectina). Uma molécula de proteoglicana podem estabelecer ligações com um molécula de ácido hialurônico, e também com as fibrilas de colágeno, formando um agregado molecular enorme, importante para manter a rigidez da matriz cartilaginosa, o alto conteúdo de água de solvatação atua como um componente na absorção de choques mecânicos.<br />Em torno dos condrócitos existem zonas estreitas ricas em proteoglicanas e pobres em colágeno, que mostram uma basofilia maior que a do resto da matriz, devido a presença das glicosaminoglicanas sulfatadas, a essa região deu-se o nome impróprio de cápsula .</div><br /><div><br />2. <em>Pericôndrio</em>:<br />Camada de tecido conjuntivo (denso na maior parte das vezes), que envolve todas as cartilagens hialinas, exceto as cartilagens articulares. Atua como fonte de novos condrócitos, responsável pelo crescimento, atua na nutrição, oxigenação e eliminação dos resíduos metabólicos da cartilagem, já que neles estão presentes vasos sanguíneos e linfáticos, que são inexistentes no tecido cartilaginoso .<br />É formado por tecido conjuntivo, muito rico em fibras de colágeno Tipo I, na parte mais superficial, porém gradativamente mais rico em células a medida que se aproxima da cartilagem. Morfologicamente as células do pericôndrio são semelhantes aos fibroblastos , mas as situadas mais próximas a cartilagem podem multiplicar-se por mitose, e assim originar condrócitos, sendo dessa maneira caracterizadas como condroblastos.</div><br /><div><br />3. <em>Condrócitos</em>:<br />Apresentam forma alongada na periferia, porém mais profundamente são arredondados e aparecem em grupos (grupos isógenos, porque suas células são originadas de um único condroblasto).<br />As células e a matriz cartilaginosa sofrem retração durante o processo histológico, o que explica a forma estrelada dos condrócitos e seu afastamento da cápsula, já que nos tecidos vivos os condrócitos ocupam totalmente as lacunas.<br />A superfície do condrócito apresenta reentrâncias que aumentam sua superfície, facilitando as trocas, o que é importante para facilitar a nutrição dessas células.<br />São células secretoras de colágeno (principalmente o tipo II), proteoglicanas e glicoproteínas, como a condronectina .<br />Como as cartilagens são desprovidas de capilares sanguíneos, a oxigenação dos condrócitos é deficiente, logo a cartilagem hialina degrada a glicose principalmente por mecanismo anaeróbico, com a formação de ácido láctico como produto final.<br />Os nutrientes trazidos pelo sangue atravessam o pericôndrio, penetram na matriz da cartilagem e vão até os condrócitos mais profundos, os mecanismos dessa movimentação de moléculas são a difusão (através da água de solvatação) e o bombeamento promovido pelas forças de compressão e descompressão exercidas sobre as cartilagens.<br />O bom funcionamentos dos condrócitos depende de um funcionamento hormonal adequado, a síntese de proteoglicanas é acelerada pela tiroxina e testosterona, e diminuída pela cortisona, hidrocortisona e estradiol. O hormônio do crescimento, produzido pela hipófise, promova a síntese de somatomedina C pelo fígado, essa molécula aumenta a capacidade de multiplicação dessas células, estimulando o crescimentos das cartilagens.</div><br /><div><br />4. <em>Histogênese</em>:<br />Os esboços da cartilagem surgem no mesênquima, a primeira modificação observada é o arredondamento das células mesenquimais que retraem seus prolongamentos e, multiplicam-se rapidamente formando aglomerados. As células assim formadas recebem o nome de condroblastos, em seguida com ela a síntese da matriz, o que afasta os condroblastos. A diferenciação das cartilagens dá-se do centro para a periferia, de modo que as células mais centrais já apresentem características de condrócitos, enquanto que as mais periféricas são ainda condroblastos típicos. Quem forma o pericôndrio é o mesênquima superficial.</div><br /><div><br />5. <em>Crescimento</em>:</div><br /><div><br />Dois processos:</div><br /><div><br />A) <strong>Crescimento intersticial</strong>: por divisão mitótica dos condrócitos preexistentes, menos importante, só ocorre nas primeiras fases de vida da cartilagem, a medida que a cartilagem se torna cada vez mais rígida, esse tipo de crescimento acaba se tornando inviável.</div><br /><div><br />B) <strong>Crescimento aposicional</strong>: que se faz a partir de células do pericôndrio, células da parte profunda do pericôndrio se diferenciam em condrócitos que são adicionados a cartilagem.<br />Aplicação médica: alterações degenerativas: em comparação a outros tecidos a cartilagem hialina é sujeita com relativa freqüência a processos degenerativos, o mais comum é a calcificação da matriz, que consiste na deposição de fosfato de cálcio sob a forma de cristais, precedido por um aumento de volume e morte das células.<br />As cartilagens não se regeneram bem: a cartilagem que sofre lesão regenera-se com dificuldade e, freqüentemente, de modo incompleto salvo em crianças de pouca idade. No adulto a regeneração se dá pela atividade do pericôndrio . Quando ocorre a lesão de um cartilagem, células derivadas do pericôndrio invadem área destruída e dão origem ao tecido cartilaginoso, que repara a lesão .<br /><br />· <span style="color:#330099;">Cartilagem elástica</span><span style="color:#6633ff;">:</span><br />Encontrada no pavilhão auditivo, conduto auditivo externo, tuba auditiva, epiglote e cartilagem cuneiforme da lamina da laringe.<br />É semelhante a hialina, porém inclui, além das fibrilas de colágeno um abundante rede de fibras de elásticas, contínuas com as do pericôndrio .<br />Pode estar presente ou formar uma peça cartilaginosa junto a cartilagem hialina, ambas possuem pericôndrio e crescem principalmente por aposição, porém a elástica é sujeita a menos processos degenerativos do que a hialina .</div><br /><div><br />· <span style="color:#330099;">Cartilagem fibrosa</span>:<br />Tecido com características intermediárias, entre o conjuntivo denso e a cartilagem hialina, é encontrada nos discos intervertebrais, nos pontos em que alguns tendões e ligamento se inserem nos ossos, e na sínfise pubiana, está sempre associada ao conjuntivo denso .<br />Sua matriz é acidófila, devido a grande quantidade de fibras colágenas. A substancia fundamental é escassa e limitada à proximidade das lacunas que contem os condrócitos, onde forma cápsulas basófilas.<br />Na cartilagem fibrosa, as numerosas fibras colágenas constituem feixes, que seguem uma orientação aparentemente irregular entre os condrócitos ou um arranjo paralelo ao longo dos condrócitos em fileiras, os feixes colágenos ficam paralelos às trações exercidas sobre a cartilagem, na fibrocartilagem não existe pericôndrio .</div><br /><div><br />· <span style="color:#330099;">Discos intervertebrais</span>:<br />Localizados entre os corpos das vértebras e unidos a elas por ligamentos, cada disco intervertebral é formado por dois componentes: o anel fibroso e uma parte central, derivada da notocorda do embrião, o núcleo pulposo .<br />O anel fibroso possui uma porção periférica de tecido conjuntivo denso, porém em sua maior extensão é constituída por fibrocartilagem, cujos feixes colágenos formam camadas concêntricas.<br />O núcleo pulposo, está na parte central do anel fibroso, e consiste num tecido formado por células arredondadas, dispersas num líquido viscoso rico em ácido hialurônico e contendo pequena quantidade de colágeno, no jovem ele é relativamente maior sendo gradual e parcialmente substituído por fibrocartilagem no decorrer da idade.<br />Funcionam como coxins lubrificados que previnem o desgaste do osso das vértebras durante os movimentos da coluna vertebral.<br />Aplicação médica: hérnia do disco intervertebral: A ruptura do anel fibroso, onde os colágenos são menos densos resulta na expulsão do núcleo pulposo e no achatamento concomitante do disco, freqüentemente, este se desloca da sua posição normal entre corpos vertebrais, quando o disco se movimenta na direção da medula pode comprimir nervos, produzindo dores e distúrbios neurológicos.<br />.</div><br /><div>.</div><br /><div>.</div><br /><div>ESTUDO DIRIGIDO:<br />1. Quais são as funções do tecido cartilaginoso? Dê exemplos de localização no organismo relacionando com cada função.<br />2. Quais são os constituintes do tecido cartilaginoso?<br />3. O que são lacunas da matriz cartilaginosa?<br />4. Quais são os elementos constituintes da matriz cartilaginosa?<br />5. A que se deve a consistência firme da matriz cartilaginosa?<br />6. O que significa turgidez da matriz cartilaginosa? Qual elemento da matriz é o responsável por essa propriedade?<br />7. Como ocorre a nutrição das células da cartilagem?<br />8. Onde se localiza o pericôndrio? Por qual tecido é formado?<br />9. O pericôndrio está associado a todos os tipos de cartilagem?<br />10. Quais são as funções do pericôndrio?<br />11. O que ocorre com as células do pericôndrio situadas próximo à cartilagem?<br />12. Como são nutridas as células da cartilagem articular?<br />13. Por que não seria funcional a cartilagem articular apresentar pericôndrio?<br />14. Há vasos linfáticos e nervos no tecido cartilaginoso?<br />15. Quais são os tipos de tecido cartilaginoso existentes no organismo? Qual tipo é o mais freqüente?<br />16. Cite exemplo de localização da cartilagem hialina.<br />17. Qual é o tipo de colágeno existente na matriz cartilaginosa? Esse tipo de colágeno é encontrado em algum outro local do organismo?<br />18. A água é um dos componentes da matriz cartilaginosa (água de solvatação). Seria possível removê-la com uma seringa?<br />19. Como as moléculas de água se associam às glicosaminoglicanas? Qual a importância dessa associação?<br />20. Explique a função da cartilagem como mola biomecânica.<br />21. O que são grupos isógenos?<br />22. Quais são os elementos sintetizados pelos condrócitos?<br />23. Como oxigênio e nutrientes vindos do pericôndrio chegam aos condrócitos?<br />24. Qual a participação da somatomedina no crescimento das cartilagens?<br /><br />OBS: O GH (hormônio de crescimento) é produzido e secretado por células da adeno-hipófise; atua principalmente sobre as cartilagens epifisárias promovendo o crescimento do indivíduo em altura. Sua atuação sobre a cartilagem, porém, é indireta: o GH estimula a produção e a secreção de somatomedina C (IGF-1) principalmente pelos hepatócitos e essa proteína, por sua vez, atua sobre os condrócitos.</div><br /><div><br />25. No embrião, qual a origem do tecido cartilaginoso?<br />26. Descreva sucintamente o processo de formação das cartilagens no embrião a partir do mesênquima.<br />27. Quais são os modos de crescimento das cartilagens? Qual é o modo mais importante em outra fase do indivíduo que não a embrionária ou fetal?<br />28. Defina crescimento intersticial da cartilagem.<br />29. Defina crescimento aposicional da cartilagem.<br />30. O tecido cartilaginoso regenera-se bem?<br />31. Como ocorre a regeneração da cartilagem?<br />32. Quais são os componentes da matriz da cartilagem elástica?<br />33. Onde é encontrado esse tipo de cartilagem?<br />34. Quais são as propriedades funcionais da cartilagem elástica?<br />35. Quais são os componentes da matriz da cartilagem fibrosa?<br />36. Onde é encontrado esse tipo de cartilagem?<br />37. Como se dá a nutrição da cartilagem fibrosa?<br />38. Quais são as propriedades funcionais da cartilagem fibrosa?<br />39. Qual é o único modo de crescimento da cartilagem fibrosa? Por que esse tipo de cartilagem não pode crescer do outro modo?<br />40. Como é definida a hérnia do disco intervertebral?</div>Leticia Venoso Costahttp://www.blogger.com/profile/11024639174223002851noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6327433757917595023.post-6012996619587384852010-07-03T17:23:00.000-07:002010-07-03T17:50:29.451-07:00Tecido Adiposo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgDPbBojJKT9AEV8AIY2uvwZ-h39qDNHi4HM0g6z57uBf_JiJeLK6eC1pOwPfEjlIQElnKSzmmds3w_jz1dtN5e8JQvB9EDqsarnKWumEMVGcHWoVf8e2Jk-_XAdLdpyh-guj1TqFBrA4/s1600/Sem+t%C3%ADtulo.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5489844296402203586" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 238px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgDPbBojJKT9AEV8AIY2uvwZ-h39qDNHi4HM0g6z57uBf_JiJeLK6eC1pOwPfEjlIQElnKSzmmds3w_jz1dtN5e8JQvB9EDqsarnKWumEMVGcHWoVf8e2Jk-_XAdLdpyh-guj1TqFBrA4/s320/Sem+t%C3%ADtulo.jpg" border="0" /></a><br /><div>Tipo especial de tecido conjuntivo, com as células adiposas (adipócitos), que podem ser encontradas isoladas ou em pequenos grupos de tecido conjuntivo comum, a maioria forma agregados, o que constitui o tecido adiposo .<br />O tecido adiposo é o maior depósito corporal de energia, sob a forma de triglicérides, que acumulam energia . Não são depósitos estáveis, pois são muito estimuláveis pelo sistema nervoso e hormônios.</div><br /><div><br /><span style="color:#ff6600;"><strong>Funções:</strong></span><span style="color:#ff9900;"><br /></span>1. reserva energética,<br />2. modelamento do corpo, sendo responsável pelas diferenças de contorno entre homens e mulheres<br />3. Formação de coxins absorventes de choques<br />4. Contribui para o isolamento térmico<br />5. Preenche espaços entre tecidos para manter certos órgãos em sua posição normal<br />6. Atividade secretora<br /><br /><strong><span style="color:#ff9900;"><span style="color:#ff6600;">Tipos de tecido adiposo:</span></span></strong></div><div></div><br /><div><span style="color:#ffcc66;">Tecido adiposo unilocular:<br /></span>Sua cor pode varias dependendo da quantidade de caroteno da dieta .<br />Praticamente todo o tecido adiposo em humanos adultos é do tipo unilocular, forma o panículo adiposo, uma camada de tecido adiposo disposta sob a pele, que é de espessura uniforme por todo o corpo do recém-nascido, com o desenvolvimento, partes do panículo adiposo tende a desaperecer em certar áreas e desenvolver-se em outras, essa posição seletiva do panículo adiposo é regulada por hormônios sexuais e produzidos pela camada cortical da glândula adrenal.<br />Características morfológicas da célula: células grandes, esféricas, quando isoladas, ou poliédricas, no tecido adiposo devido a compressão, existem outras gotículas de lipídeos muito pequenas, só observadas pelo microscópio eletrônico, não apresentam membrana envolvente.<br />Como é dissolvida pelo álcool, nos cortes histológicos só se observa uma fina camada de citoplasma que circunda um espaço que era ocupada pelo triglicérides.<br />Cada célula adiposa é envolvida por uma lâmina basal, e sua membrana apresenta várias vesículas de pinocitose.<br />Características morfológicas do tecido: apresenta septos de tecido conjuntivo, com vaso e nervos, desses septos partem fibras reticulares de colágeno, cuja função é sustentar as células adiposas, a vascularização é abundante.<br />· Depósito e metabolização dos lipídeos:<br />Lipídeos armazenados sob a forma de triglicérides, que podem se originar das seguintes maneiras:<br />1. Absorvidos pela alimentação e trazidos até as células adiposas como triglicérides dos quilomicrons. Os quilomicrons são partículas pequenas formadas por células epiteliais do intestino delgado a partir de nutrientes absorvidos, constitui de 90% triglicérides e pequenas quantidades de colesterol, fosfolipídeos e proteínas, eles saem do epitélio através dos vasos linfáticos, depois caem no sangue, onde a enzima lípase lipoprotéica (produzida pelo tecido adiposo) hidrolisa os quilomicrons e das VLDL, que liberam os ácidos graxos e triglicérides para as células adiposas.<br />2. Da síntese das próprias células, através da glicose, processo que é acelerado pela insulina<br /><br />A hidrólise de lipídeos é desencadeada por um estímulo da noradrenalina, um neurotransmissor liberado pelas terminações pós-ganglionares dos nervos simpáticos do tecido adiposo, e captado por receptores da membrana das células adiposas, estas por sua vez ativam o hormônio lípase sensível a hormônio, que promove a liberação de ácidos graxos e glicerol, para os capilares do tecido adiposo, por serem hidrofóbicos precisam se ligar as partes hidrofóbicas da molécula de albumina para ser transportado pelo plasma sangüíneo, e assim são transportados pela corrente sanguínea para outros tecidos.<br />A remoção dos lipídeos, no caso de necessidade energética, não se faz por igual em todos os locais, primeiro são mobilizados os depósitos subcutâneos, os do mesentério e os retroperitoneais, enquanto o tecido adiposo localizado nos coxins das mãos e dos pés resiste a longos períodos de desnutrição .<br />Após períodos de alimentação muito deficientes em calorias, o tecido adiposo unilocular perde quase toda a sua gordura e se transforma em um tecido com células poligonais ou fusiformes, com raras gotículas do gordura .<br />Sua atividade secretora, consiste na liberação de várias moléculas, como adiponectina e leptina, que são transportadas pelo sangue, e a lípase lipoprotéica, atua nos adipócitos, já a leptina é um hormônio protéico que participa da regulação da quantidade de tecido adiposo no corpo e da ingestão de alimentos, atua principalmente no hipotálamo, diminuindo sua ingestão de alimentos e aumentando o gasto de energia .<br />Aplicação médica: Obesidade: pessoa com 20% ou mais acima do peso considerado normal para a sua altura, essencialmente resulta da ingestão de calorias acima das necessidades para as atividades normais da pessoa . Em adultos, a obesidade se deve a um aumento na quantidade de triglicérides depositados em cada adipócito unilocular, sem que exista aumento no número de de adipócitos (obesidade hipertrófica), já em crianças, é comum o aumento do número de adipócitos uniloculares, mas em ambas a causa é o excesso de calorias na alimentação . Pessoas obesas estão mais propensas a doenças articulares, hipertensão arterial , diabete, aterosclerose, enfarte do miocárdio e isquemia cerebral. A obesidade é um distúrbio altamente prejudicial ao organismo, em geral encurta a vida da pessoa e prejudica muito a qualidade de vida .<br />· Histogênese do tecido adiposo unilocular:<br />Se originam no embrião, a partir de células derivadas do mesenquima, os lipoblastos. As gotículas lipídicas são inicialmente separadas uma das outras, porém muitas se fundem, formando a gotícula única e característica da célula adiposa unilocular.<br />Aplicação médica: Tumores do tecido adiposo unilocular: Tumores benignos: lipomas, geralmente removidos cirurgicamente sem grande dificuldade. Tumores malignos: lipossarcomas, tratamento difícil porque facilmente formam metástases, geralmente surgem em pessoas acima de 50 anos.<br /><br /><span style="color:#ffcc66;">Tecido adiposo multilocular:<br /></span>Também conhecido como tecido adiposo pardo, devido a sua cor, que é causada pela vascularização abundante e pela grande quantidade de mitocôndrias presentes.<br />Possui uma distribuição limitada em áreas determinadas, é um tecido abundante em animais que hibernam, está presente no feto humano e no recém-nascido, com localização bem determinada, e como esse tecido não cresce, sua quantidade no adulto é extremamente reduzida .<br />Células muito menores, com formato poligonal, citoplasma carregado de gotículas lipídicas de vários tamanhos, com muitas mitocôndrias, cujo formato da crista é diferente.<br />No tecido adiposo multilocular as células adquirem um formato epitelióide, formando massas compactas em associação com capilares sangüíneos, como se fossem glândulas endócrinas.<br />Ele é especializado na produção de calor, com importante papel nos mamíferos que hibernam e só é significativo no recém-nascido para auxiliar na termo-regulação, devido a estimulação de noradrenalina nas terminações nervosas abundantes em torno das suas células, o tecido adiposo multilocular apresentam nas suas membranas internas, uma proteína interna chamada termogenina, que permite a volta para a matriz mitocondrial dos prótons transportados para o espaço intermembranoso, sem que eles passem pelo sistema ATP-sintetase, do corpúsculo FOF1 da mitocôndria, assim a energia gerada pelo fluxo de prótons não é usada para sintetizar ATP, mas sim para gerar calor, que aquece o sangue na extensa rede capilar do tecido multilocular e é distribuído pelo corpo, nas espécies que hibernam o despertar é realizado devido a ação de estímulos nervoso sobre esse tecido, que funciona como um “acendedor” dos outros tecidos.<br />· Histogênese do tecido adiposo multilocular:<br />Células mesenquimais que vão formar o tecido multilocular tornam-se epitelióides, adquirindo um aspecto de glândula endócrina coronal, antes de acumularem gordura .<br /><br /><span style="color:#ff9900;"><span style="color:#ff6600;"><strong>Inervação:</strong></span><br /></span>Ambos são inervados por fibras simpáticas do sistema nervoso autônomo, no tecido unilocular, as terminações nervosas são encontradas na parede dos vasos sanguíneos, e apenas alguns adipócitos são inervados, já no tecido multilocular as terminações nervosas simpáticas atingem diretamente tanto os vasos sanguíneos como as células adiposas. O sistema nervoso autônomo desempenha importante papel na mobilização das gorduras. </div><div>.</div><div>.</div><div>.</div><div></div><div></div><div>ESTUDO DIRIGIDO:<br />1. Os adipócitos armazenam energia sob qual forma?<br />2. Além da reserva de energia, quais são as outras funções do tecido adiposo?<br />3. Quais são os tipos de tecido adiposo existentes?<br />4. Qual a morfologia do adipócito unilocular?<br />5. O que influencia o acúmulo de tecido adiposo em determinados locais do organismo?<br />6. O que é panículo adiposo?<br />7. Por que não há membrana envolvendo a gotícula de lipídio no citoplasma do adipócito?<br />8. Além dos adipócitos, quais são os outros elementos encontrados no tecido adiposo?<br />9. Qual a origem dos triglicerídeos armazenados nos adipócitos?<br />10. Qual é a célula que forma as partículas denominadas quilomícrons?<br />11. Qual o principal constituinte dos quilomícrons?<br />12. Qual o caminho que os quilomícrons percorrem desde sua formação até chegar à corrente sangüínea?<br />13. O que ocorre com os quilomícrons quando chegam aos capilares do tecido adiposo?<br />14. O que ocorre com os ácidos graxos e glicerol no interior da célula adiposa?<br />15. Quais são as ações da insulina sobre os adipócitos?<br />16. Como se dá a hidrólise dos triglicerídeos armazenados nos adipócitos?<br />17. Qual o neurotransmissor que estimula a hidrólise dos triglicerídeos? É liberado por quais neurônios?<br />18. O que ocorre com os ácidos graxos resultantes da degradação dos triglicerídeos após alcançarem a circulação sangüínea? E com o glicerol?<br />19. O lipídio é removido igualmente de todos os locais do organismo? Por quê?<br />20. Quais são os elementos secretados pelo adipócito unilocular?<br />21. Onde há células que apresentam receptores para leptina?<br />22. A leptina está envolvida em quais processos?<br />23. O que é obesidade hipertrófica?<br />24. O que é obesidade hiperplásica?<br />25. No embrião, qual a origem dos adipócitos uniloculares?<br />26. O que são lipoma e lipossarcoma?<br />27. Por que o tecido adiposo multilocular apresenta cor parda?<br />28. Onde se localiza o tecido adiposo multilocular em humanos?<br />29. Qual a morfologia do adipócito multilocular?<br />30. Qual é a função do tecido adiposo multilocular em humanos?<br />31. O que resulta da oxidação dos ácidos graxos nos adipócitos multilocular e unilocular?<br />32. Ocorre formação do tecido adiposo multilocular após o nascimento?<br />33. Ocorre transformação de um tipo de tecido adiposo em outro?</div>Leticia Venoso Costahttp://www.blogger.com/profile/11024639174223002851noreply@blogger.com2